Terceirização revela incompetência de Pupin para resolver o problema do lixo

O Diário na terça-feira (24) – de que a coleta de lixo será 100% terceirizada em Maringá. Mais uma vez, a administração quer repassar à iniciativa privada um serviço que ela poderia e deveria fazer, mas que não o faz por incompetência e problemas de gestão. Ao terceirizar todo o serviço, a administração Pupin gastará até R$ 30,4 milhões (preço máximo previsto no edital de licitação) por ano para manter a coleta de até 9,5 mil toneladas de resíduos por mês.

Hoje, parte da coleta já é feita por parceria público privada, mas no entendimento do SISMMAR o serviço deveria executado 100% pelo município porque o debate com a categoria já mostrou que é possível melhorar e expandir a coleta com investimento no setor e valorização dos servidores que atuam na área. Ao invés desse caminho, que seria mais econômico, Pupin prefere repassar os recursos para uma empresa.

“A administração Pupin e Silvio Barros [ex-prefeito] deixou sucatear os serviços ao passo que não investiu em estrutura, caminhões sucateados e número de servidores defasados”, critica Iraídes Baptistoni, presidenta do SISMMAR.

O sindicato não concorda com a alegação de que, só agora, com a terceirização e o remanejamento dos servidores da coleta dos resíduos sólidos será possível regularizar o passivo da coleta seletiva. É uma vergonha uma cidade do porte de Maringá, considerada modelo, ainda não ter 100% de cobertura para a coleta de recicláveis.

Pupin (e Silvio Barros, antes dele) poderia ter resolvido o problema com o investimento adequado e apoio do poder público na implementação de cooperativas para gerar emprego e renda a partir da coleta/reciclagem. Não fizeram, e agora usam a coleta seletiva como desculpa para terceirizar a coleta de lixo. Deveriam, sim, assumir que vão terceirizar porque não querem investir nos servidores municipais e porque não têm competência para gerenciar o serviço.