Em reunião com o SISMMAR, Pupin se recusa a negociar a reposição dos dias parados

Nem o fato de ser ano de eleição é motivo suficiente para levar o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) a ter um pingo de respeito com os servidores(as) que fizeram uma greve legítima – que não teria ocorrido se ele, prefeito, não tivesse se recusado a repor a inflação de 11,08%. Por pura falta de vontade política, Pupin segue se recusando a negociar a reposição dos dias parados; e seu chefe de Gabinete, Luiz Carlos Manzato, segue proferindo inverdades na imprensa.

2016-07-14_ Reunião com o prefeito Pupin
O advogado Silvio Januário, a dirigente Celia Vilela e o presidente interino Carlinhos Specian minutos antes da reunião do SISMMAR com o prefeito Pupin (14/07/2016)

Após uma manifestação na porta do gabinete do prefeito, no último dia 6 (com presença da imprensa), o SISMMAR conseguiu finalmente uma reunião com o próprio prefeito. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (14) e havia grande expectativa de que Pupin seguisse a orientação do juiz e aceitasse o diálogo para resolver, de uma vez por todas, o impasse da greve. O SISMMAR cobra apenas que todos(as) que aderiram à greve legal e justa tenham o direito de repor os dias parados.

Com um tom de sarcasmo poucas vezes (talvez nunca) visto na história das negociações entre o sindicato e a Prefeitura, Pupin informou que irá aguardar a decisão da Justiça e que não tem disposição alguma para negociar antes da manifestação do juiz sobre o caso. Derrotado por mais de 5 mil servidores(as) numa greve vitoriosa, e com uma gestão marcada por atos revanchistas como o desconto dos dias parados (em que Pupin tentou tirar comida da mesa dos trabalhadores), esta administração segue desmerecendo os trabalhadores(as) de carreira. Na gestão de Pupin, só CCs e FGs têm importância.

Além da falta total de inaptidão para o diálogo – o que é especialmente incomum em ano de eleições, já que o grupo que Pupin representa terá um candidato –, chama a atenção o fato de o chefe de gabinete não ter o menor compromisso com a verdade em suas entrevistas. Manzato, que já tinha mentido sobre a contribuição sindical (veja aqui), voltou a mentir no dia 6 quando disse que não havia a necessidade de uma manifestação e que uma simples ligação resolveria o problema (veja aqui). É mentira, porque o SISMMAR havia protocolado na Prefeitura, há mais de um mês, pedido para reunião com Pupin. Como esse ofício não bastou, os dirigentes sindicais partiram para a manifestação.

Em outra mentira, também no dia 6, Manzato disse que não há como conversar sobre um assunto que está na Justiça. A história prova que há, sim, essa possibilidade. Apesar de a greve de 2006 também ter sido judicializada, o então prefeito aceitou dialogar e resolveu o impasse. Se naquela oportunidade foi possível, por que agora não é? Se é realmente Pupin quem manda, por que ele se nega a conversar como fez seu antecessor. Os 12 mil servidores(as) de carreira representados pelo SISMMAR não são importantes o suficiente para Pupin?

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