SISMMAR e APP-Sindicato farão mesa de debate sobre o projeto “Escola sem Partido”

Depois de o “Programa Escola sem Partido” passar a tramitar no Congresso Nacional projeto de lei do Senado (PLS) nº 193/2016, e de ter gerado muita polêmica, o Senado resolveu abrir uma consulta pública sobre o assunto. A população pode votar na enquete aqui!

De autoria do senador Magno Malta (PR), o PLS 193/2016 pretende proibir que professores falem sobre política com seus alunos. A proposta é considerada absurda até mesmo por alguns colegas de Malta no Senado. Vejam, por exemplo, o que disse o senador Roberto Requião (PMDB) sobre o assunto.

Esse projeto causou um descontentamento ainda maior em profissionais da Educação, como é o caso do conceituado professor e historiador Leandro Karnal, da Unicamp. “Escola sem partido é uma asneira sem tamanho, é uma bobagem conservadora, é coisa de gente que não é formada na área (…). Me digam um fato histórico que não tenha opção política?”, disse Karnal em entrevista ao programa Roda Vida (veja abaixo).

https://youtu.be/mA4ZWzF0m0s

Para proporcionar uma discussão mais profunda sobre esse assunto, também em Maringá, o SISMMAR e a APP-Sindicato realizarão uma mesa de debate voltada a profissionais da Educação e demais interessados. O debate está previsto para ocorrer na primeira semana de setembro, com data, local e horário a definir.

O SISMMAR é contrário ao  “Programa Escola sem Partido” por entender que é papel da escola dar formação aos jovens nas mais diversas áreas de interesse da sociedade, o que obviamente inclui a política. Como bem diz o professor Leandro Karnal, é impossível desassociar a política, por exemplo, dos acontecimentos históricos. E se a situação do País já é ruim, em parte pela falta de esclarecimento do povo e da falta de politização dos eleitores brasileiros, a situação tenderia a piorar ainda mais se a proposta do senador Magno Malta fosse aprovada.

Se hoje o trabalhador brasileiro já elege palhaços, analfabetos funcionais (que sabem ler, mas não entendem o que leem), corruptos e políticos preocupados apenas com o próprio bolso – e não com o povo –, não haveria qualquer possibilidade desse cenário melhorar, nas futuras gerações, se os jovens de hoje não puderem ter acesso ao mínimo de informação sobre política. É necessário, sim, falar sobre política, inclusive em sala de aula.

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