SISMMAR repudia proposta de Silvio Barros de criar gestão sindical paralela e ilegal
Representante legal da categoria, o SISMMAR vem por meio desta nota repudiar a postura lamentável do candidato a prefeito Silvio Barros (PP) que, em evento realizado nesta segunda-feira (10) à noite, prometeu manter diálogo com a categoria “estabelecendo novos canais com os servidores”. Essa postura não é apenas absurda porque desrespeita a entidade sindical – cuja diretoria é eleita, de quatro em quatro anos, pelos servidores em voto direto –, mas é absurda especialmente porque esse discurso contraria a Constituição Federal.
No evento, realizado em uma chácara da cidade, o candidato apresentou a diretoras de creches e escolas e a alguns servidores coagidos a participar (pelo medo de sofrer represálias) uma lista de 20 propostas que sequer merecem ser reproduzidas. Parte delas contém inverdades, como a alegação de que o sindicato não quis negociar a Trimestralidade (dívida que o ex-prefeito sempre preferiu judicializar para não pagar). Outros itens da pauta contém propostas que, na verdade, são “repropostas” de promessas não cumpridas feitas por ele e pelo seu sucessor, o atual prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).
A Constituição Federal legitima a organização dos trabalhadores em sindicatos, mas o candidato do PP quer (conforme dito no item 16 de sua lista) estabelecer “novos canais”, ilegítimos, para não ter mais de negociar com a entidade que luta pelos direitos dos servidores municipais. O referido candidato quer fazer uma gestão sindical paralela e ilegal, motivo que levou o SISMMAR a emitir esta nota de repúdio.
Os “20 Compromissos” do candidato também são uma afronta à inteligência dos servidores municipais. No primeiro turno, Silvio Barros (PP) se recusou a apresentar propostas para a categoria por meio de canais abertos pelo sindicato, como a 1ª Audiência da Guarda Municipal e a sabatina sobre as principais reivindicações da categoria – leia todos os detalhes no Jornal do SISMMAR. Só agora, na existência de um segundo turno e diante de uma possibilidade real de derrota nas urnas, o candidato que antes não quis saber da categoria apresenta suas propostas.
Ficam algumas questões para reflexão: Um candidato que não respeita a Constituição vai respeitar os servidores municipais? Um candidato que se recusa a apresentar propostas durante a campanha (que existe justamente para isso) vai dialogar com a categoria depois de eleito? Por que apenas agora o ex-prefeito fala a algumas dezenas de profissionais da Educação se antes ele desprezou convites para falar aos mais de 12 mil servidores? Só agora, que a eleição se mostrou bastante disputada, é que os votos dos servidores e de seus familiares têm realmente valor?