Todo apoio aos trabalhadores em greve da TCCC e da Cidade Verde

O SISMMAR declara seu apoio aos motoristas e cobradores que legitimamente lutam apenas para a manutenção de seus direitos e contra as investidas das empresas

Assembleia em frente à garagem sul da TCCC ações definidas para o primeiro dia de greve – Foto: Alessandro Derenzo/Sinttromar

Os trabalhadores das empresas que prestam serviço de transporte coletivo urbano, Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), e metropolitano, Cidade Verde, iniciaram uma greve, às 0h desta quarta-feira (16), como última medida contra a possível perda de direitos. O movimento paredista foi aprovado em assembleia dos trabalhadores realizada pelo Sinttromar, sindicato que representa a categoria, na quarta-feira (9), por não aceitarem as perdas de direitos, como o corte na participação no lucros e resultados (PLR), e a negativa de reajuste salarial, presentes no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), imposta pelas empresas.

É vergonhoso que neste momento de pandemia, causada pela covid-19, as empresas queiram tirar direitos dos trabalhadores para reverter em lucro. O absurdo é tão grande que mesmo tendo recebido incentivos do governo federal para não demitir, a TCCC e a Cidade Verde não pretendem garantir a manutenção dos empregos dos trabalhadores.

Além disso, como vimos nos últimos dias, os preços dos alimentos não param de subir e a tendência é de que os alimentos não fiquem mais baratos. A produção nacional de feijão e arroz, por exemplo, está estagnada há 20 anos. Na última década, o Brasil perdeu 30% da área de cultivo de alimentos para o agronegócio. Diante dessa realidade, a empresa ainda tenta tirar a reposição da inflação presente no ACT da categoria, gerando evidente defasagem no poder de compra dos trabalhadores.

Diante da aprovação do movimento paredista, as empresas entraram preventivamente na justiça contra a greve. Entretanto, a desembargadora Ilse Marcelina Bernardi Lora frustrou sua tentativa de alegar “abusividade da greve” antes mesmo do início da paralisação. Após análise da matéria, a magistrada determinou a manutenção de 70% do contingente de motoristas e cobradores devido ao coronavírus. Em nota, o Sinttromar informa que está sendo obedecida a decisão judicial que determina esse contingente de trabalhadores.

Por esses motivos, o SISMMAR declara seu apoio aos motoristas e cobradores que legitimamente estão lutando apenas para a manutenção de seus direitos e contra as investidas das empresas. A entidade espera que cheguem a um entendimento que evite prejuízo tanto aos trabalhadores quanto à população assistida pelo serviço em Maringá e na região.

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