Governo Bolsonaro negocia R$ 20 milhões a cada deputado que votar pela PEC 32

Em tentativa desesperada para aprovar a Reforma Administrativa, que prejudica servidores de Maringá e todo o Brasil, governo Bolsonaro condiciona apoio à PEC 32 com a liberação de R$ 20 milhões em emendas; compra de votos poderá custar mais de R$ 6 bilhões aos cofres públicos

Presidente Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes, organizam compra de votos milionária para tentar a aprovação da PEC 32 – Foto: Evaristo Sá/AFP

Diante da forte pressão de sindicatos, servidores públicos e manifestantes em defesa dos serviços públicos em Maringá e em todo o Brasil, o governo Bolsonaro enfrenta dificuldades para avançar com a Reforma Administrativa, em tramitação no congresso como Proposta de Emenda à Constituição 32/2020 (PEC 32). Distante de alcançar todos os votos para a aprovação da medida prejudicial para o funcionalismo e os usuários dos serviços públicos, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), organizam uma verdadeira compra de votos dos deputados indecisos

De acordo com informações de integrantes da própria base governista, o ministro da Economia já foi informado e está em conversa com parlamentares para garantir a liberação de emendas para que os deputados votem pela PEC 32. As negociações são de R$ 20 milhões para cada um que votar favoravelmente pela Reforma Administrativa. A verba viria das emendas parlamentares não impositivas, que não têm execução obrigatória no Orçamento. No congresso, as PECs precisam do voto “sim” de três quintos dos 513 deputados, totalizando 308 congressistas favoráveis para a aprovação. 

Desta forma, para forçar o avanço da PEC 32, o governo Bolsonaro deverá gastar um montante de R$ 6,16 bilhões retirados dos cofres públicos. É o uso de verbas vindas dos impostos pagos pela população, para beneficiar deputados que votarem pela medida que prejudica os servidores públicos e a própria população. Ainda não há uma data concreta para que a PEC seja votada no plenário da Câmara.

Frente a esta negociata bilionária de Bolsonaro, Paulo Guedes e Lira, o SISMMAR chama a atenção para a necessidade da mobilização em Maringá e em todo o Brasil contra a Reforma Administrativa e demais medidas do governo federal que prejudicam o conjunto da população neste momento de forte crise econômica e política. Diversas entidades articulam novos protestos de rua para o dia 15 de novembro. 

Confira ações do SISMMAR contra a PEC 32:

https://www.sismmarmaringa.com.br/?p=25488
Resumo com explicações de como a proposta original, de Bolsonaro e Paulo Guedes, atacam a categoria
https://www.sismmarmaringa.com.br/?p=26249
Ação do SISMMAR realizada junto aos servidores da Limpeza Urbana e Infraestrutura
https://www.sismmarmaringa.com.br/?p=25969
Panfleto distribuído pelo SISMMAR explica ataques da PEC 32 contra a categoria
https://www.sismmarmaringa.com.br/?p=23991
Ações contra a PEC 32 foram iniciadas ainda em 2020, com a divulgação do texto

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