MORTE PARA OS INOCENTES, IMPUNIDADE PARA OS RÉUS
No dia 06 de maio de 2008, o Tribunal do Júri de Belém do Pará, absolveu o fazendeiro Vitalmiro Bastos Moura acusado de ser mandante do assassinato, em 2005, da missionária norte-americana Dorothy Stang. Os jurados entenderam que não havia provas suficientes para condenar o fazendeiro. O Bida, como é vulgarmente conhecido o fazendeiro, responde a processos por manter funcionários em regime de escravidão e por crimes ambientais. Essa decisão, que choca os movimentos sociais, é a manifestação mais contundente da injustiça do poder judiciário. Condena-se o executor do crime (funcionário do fazendeiro) e libera o mandante. É a velha receita: a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Nesse caso, não só arrebentou, mas matou uma lutadora e absolveu um assassino. Tudo isso com o aval da “justiça”.