CUT pede que Ministério Público investigue Governo do Paraná por ônibus parados há mais de um ano

Estado recebeu duas unidades móveis para atendimento das mulheres vítimas de violência que estão sem uso e estacionadas no pátio

Fonte: CUT Paraná

Representantes do coletivo de mulheres da CUT Paraná estiveram reunidos no Ministério Público do Paraná nesta quarta-feira (19) para denunciar o descaso com equipamentos recebidos pelo Governo do Estado no combate à violência contra as mulheres.

As duas unidades móveis foram entregues pelo Governo Federal em 20 de março de 2014 ao Governo do Paraná. Contudo, mais de um ano depois, elas continuam paradas sem operar. Além do evidente desperdício de recursos públicos a gestão de Beto Richa (PSDB) descumpre o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres estabelecido pelos estados com a União.

“Não há desculpas para isso. Estamos falando em mais de um ano com esses veículos parados. Estes recursos são fruto de uma intensa luta, inclusive, da Marcha das Margaridas, para atender as mulheres do campo ou em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Pedimos para que o Ministério Público investigue a situação e tome as medidas necessárias”, explica a secretária da mulher da CUT Paraná, Anacélie Azevedo.

Unidades móveis estão há mais de um ano paradas no pátio do Governo do Paraná

Unidades móveis estão há mais de um ano paradas no pátio do Governo do Paraná

Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no final do primeiro semestre deste ano mostrou que mais de 25 mil mulheres vítimas de violência já foram atendidas neste sistema. OS dados são contabilizados em 225 municípios de todo o Brasil a partir de 54 ônibus entregues com este objetivo.

De acordo com o Governo Federal, o objetivo das unidades é reforçar a oferta de serviços públicos para aplicação da Lei Maria da Penha no campo e na floresta. Os veículos devem servir para facilitar a prestação de serviços nas áreas de assistência social, jurídica, psicológica e segurança pública para estas mulheres.

“Vamos acompanhar essa situação de perto e cobrar do Ministério Público uma solução para este problema que vem se arrastando. Enquanto os veículos permanecem parados as mulheres continuam sendo vítimas de violência, inclusive com assassinatos frequentes”, garante Anacélie.

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