Entidades organizam protesto contra Reforma Administrativa

Em resposta ao avanço da PEC 32/2020 no Congresso, diversas entidades de classe de Maringá realizam um protesto na manhã desta quarta-feira (30), na Praça da Catedral; Reforma Administrativa ataca direitos históricos e precariza serviços públicos

Cartaz de divulgação da CSP-Conlutas contra a Reforma Administrativa de autoria do Governo Federal

Diversas entidades de Maringá realizam na manhã desta quarta-feira (30) um protesto contra a Reforma Administrativa, de autoria do Governo Federal. A partir das 10 horas, na Praça da Catedral, a iniciativa visa denunciar a retirada de direitos dos servidores de todo o Brasil e a fragilização dos serviços públicos por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. A ação, que tem o SISMMAR como um dos organizadores, seguirá todas as recomendações sanitárias da Organização Mundial da Saúde (OMS) em meio à pandemia de covid-19. 

O protesto se faz necessário neste momento em virtude dos avanços das discussões sobre a reforma dentro do Congresso, inclusive com emendas que prejudicam ainda mais os trabalhadores. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a PEC 32/2020 ataca diretamente a estabilidade do servidor, que favorece a perseguição, o fim do regime jurídico único, que amplia a precarização de toda a categoria, e aumenta os poderes do presidente da República, dos governadores e prefeitos.

Ao mesmo tempo em que estas e outras medidas atingem os servidores com menores remunerações, como profissionais da saúde e educação, enquanto os grupos do Judiciário e Militar não serão afetados, mesmo com a concentração dos maiores salários no funcionalismo público nacional. Desta forma, entende-se que a reforma não acaba com qualquer privilégio e ataca diversos direitos históricos dos trabalhadores, fato que resultará em uma piora dos serviços públicos utilizados pela população

Juntamente do SISMMAR, participam da organização do ato contra a Reforma Administrativa o Sinteemar, a Sesduem, o Sindsaúde, a APP Sindicato, CUT, Pública e Fessmuc. Por conta da pandemia, cada entidade será representada por um número limitado de participantes, que manterão distanciamento seguro, além do uso constante de álcool em gel e a obrigatoriedade de máscaras a todos os presentes. Dezenas de protestos semelhantes também serão realizados neste dia 30 de setembro, em outras cidades do Brasil, como parte do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Serviços Públicos.

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