Arthur Lira afirma que PEC 32 pode ser votada nos próximos dias

Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, de autoria do Governo Bolsonaro, pretende destruir os concursos públicos, atacar a estabilidade para a maioria dos servidores e favorecer a criação de cabides de emprego com cargos de indicação direta; Diante da ameaça feita pelo presidente da Câmara, SISMMAR alerta as servidoras e os servidores de Maringá pela necessidade de organização política e mobilização imediata para que novos protestos de rua sejam realizados contra a medida
Deputado Arthur Lira afirmou em entrevista que irá levar adiante reformas neoliberais do Governo Bolsonaro nas próximas semanas – Foto: Joédson Alves/EFE

Em entrevista para a GloboNews nesta segunda-feira (3), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a proposta de emenda à constituição 32 (PEC 32), conhecida com “reforma administrativa”, poderá ser votada ainda em 2022. Após vários meses com a tramitação interrompida em virtude dos fortes protestos da categoria em todo o Brasil, Lira e a ala econômica do governo Bolsonaro pretendem utilizar os próximos dias para avançar com a PEC 32 enquanto o conjunto da população foca a atenção nas eleições do dia 30 de outubro.

Há mais de um ano, diversos sindicatos, como o SISMMAR, e outras entidades que atuam em defesa dos servidores e dos serviços públicos realizam uma campanha permanente contra a PEC 32. Conforme já detalhado em outros momentos, a “reforma administrativa” ataca frontalmente a carreira do funcionalismo público municipal, estadual e federal.

Os principais pontos destacados pela gestão Sindicato é pra Lutar, e que merecem atenção, se devem ao fim da estabilidade do emprego para a maior parte das áreas do serviço público, o fim do concurso público como principal método de contratação de novos trabalhadores e criação de cargos de liderança e assessoramento que, na prática, estimulam a formação de cabides de emprego. Junto de outros pontos, a reforma administrativa prejudica diretamente a carreira e a vida dos servidores públicos de Maringá e de todo o Brasil, fato que também implicará em prejuízos nos serviços prestados para toda a população.

Ainda sem uma data concreta para que as discussões voltem a ocorrer, apesar de Lira destacar que isto poderá acontecer ainda em outubro, a gestão Sindicato é pra Lutar alerta o funcionalismo maringaense sobre a necessidade de todas e todos os servidores estarem organizados politicamente por meio do SISMMAR para a realização de novos protestos e atos de rua contra a PEC 32. Assim como nos últimos meses, apenas a mobilização popular, de servidores públicos e toda a população, poderá barrar esta reforma de cunho neoliberal que prejudicará trabalhadores e usuários do serviço público.

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