SISMMAR participou do Encontro Nacional contra as reformas que reuniu cinco mil em São Paulo

Com a presença de importantes entidades do movimento social de todo o país, como MST, pastorais sociais, sindicatos e a Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas), foi realizado este domingo o Encontro Nacional Contra as Reformas. O evento reuniu cinco mil pessoas no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, com o objetivo de discutir e definir ações para unificar as lutas contra as reformas previstas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva – trabalhista, previdenciária, sindical, universitária, etc.O encontro aprovou a formação de um Fórum Nacional de Mobilização reunindo um amplo espectro de forças políticas contrárias à retirada de direitos pelas reformas que estão por vir. O calendário de atuação deste fórum tem três datas fundamentais: o 1º de Maio, com a realização de atos classistas em todo o país; uma semana de luta entre os dias 21 e 25 de maio, tendo o dia 24 como Dia Nacional de Luta e Mobilização Contra as Reformas; um ato nacional, em Brasília, no mês de agosto. Outras devem ser incorporadas, como a campanha salarial do funcionalismo federal, o Abril Vermelho do MST e o Dia Nacional de Luta dos Aposentados.Importantes entidades brasileiras participaram do encontro: Conlutas, Intersindical, FST, Movimento Terra e Liberdade, MTST, Pastorais Sociais, Conlute, ANDES-SN, ASSIBGE, Condsef, Fenafisco, FENASPS, Sinasefe e Sinait. O MST foi representado por Gilmar Mauro e a CSC (corrente sindical do PC do B) por Gilson Reis. Entre os partidos, PSTU, PCB e PSOL, representado por Heloísa Helena e Plínio de Arruda Sampaio.A fala de abertura coube a José Maria de Almeida, da coordenação nacional da Conlutas. De acordo com o sindicalista, a luta contra as reformas é uma batalha contra o governo Lula. “Lula já escolheu seus heróis. São os usineiros e os empresários. Os nossos heróis seguem sendo os mesmos. Os cortadores de cana, os operários, os sem-terra e os sem-teto”, afirmou. Integrante da coordenação nacional do MST, Gilmar Mauro disse que a direção do movimento irá se reunir com a Conlutas, a Intersindical e outras forças políticas para discutir uma jornada unificada de lutas contra as reformas. “Queremos discutir como levar todo este vermelho que vemos aqui para cada canto do país”, disse.Representantes de entidades internacionais – a organização haitiana Batalha Operária, da COB (Central Obrera Boliviana), um representante da Federação dos Trabalhadores Camponeses de La Paz e sindicalistas uruguaios – também estiveram presentes, um avanço no sentido de unificar as mobilizações que tomam conta de América Latina. A presença de tropas do Exército Brasileiro no Haiti foi repudiada pelos participantes do encontro.

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