O “EXAGERO” “DESNECESSÁRIO” DOS TRABALHADORES
A reintegração dos 22 servidores municipais, ainda que em caráter liminar, significou o re-estabelecimento da justiça e da democracia em nossa cidade. Os servidores comemoraram o fim do desemprego, cantando o hino nacional e soltando fogos em frente ao paço. Os conservadores disseram que tal comemoração foi um exagero desnecessário. Discordo.
Exagero é ter o presidente da Câmara Municipal condenado pela justiça, o procurador do município investigado, sob a suspeita de falsificar documentos, demitir funcionários sem provas, e ter de ouvir de uma ministra da república que é preciso “relaxar e gozar” diante dos problemas.
Desnecessário é utilizar bens públicos para fins particulares, contratar cargos de confiança sem necessidade, adquirir laptops superfaturados, abrir o comércio aos domingos, demolir a rodoviária velha, ser conivente com o nepotismo entre outros.
A continuar assim, prefiro o exagero desnecessário dos trabalhadores às ações comedidas de nossos governantes, que muitas vezes se refletem na intransigência e no desrespeito ao patrimônio público. Quem dera Maringá, todos os dias, pudesse presenciar uma comemoração “exagerada” e “desnecessária”, que representasse a justiça e a democracia.
Ana Pagamunici
Servidora Pública Reintegrada
*íntegra do texto encaminhado ao Jornalista Milton Ravagnani