CUT COBRA MEDIDAS CONTRA A CRISE

Reivindicações dirigidas ao governo foram levadas a Brasília na marcha de 3 de dezembro

Com 35 mil trabalhadores, ocorreu a da “5ª Marcha da Classe Trabalhadora” convocada pela CUT e demais centrais. A CUT foi a Brasília dizer que “os trabalhadores não vão pagar por esta crise” e apresentou ao governo uma plataforma. Entre as reivindicações, está a valorização do salário mínimo, o controle pela nação das riquezas do pré-sal, o fim do fator previdenciário, a não privatização dos aeroportos, a retirada do projeto das fundações estatais de direito privado, revogação da Lei de Responsa bilidade Fiscal (LRF) e o fim do superávit primário.
“Lula: os trabalhadores exigem: garantia do emprego. Ratificação da convenção 158”, dizia a faixa do SINDPEC (Bahia). Os professores exigiam a aplicação do piso salarial, contra a tentativa dos governadores que querem derrubar essa conquista. A faixa dos servidores municipais de São Paulo dizia: “Lula: revogue as leis da LRF e das organizações sociais”; os servidores da universidade do Ceará exigiam: “Lula Retire o PL das fundações estatais e cumpra os acordos com os servidores”. Os aeroportuários diziam não à privatização dos aeroportos. Inúmeras faixas levantavam o fim do fator previdenciário.

Presente na marcha, Aparecida Flores, do sindicato dos previdenciários de Alagoas, explicou: “nossa mobilização se deu pela discussão contra a privatização, a invasão das ONG’s e OS’s, ampliada pelas Fundações Estatais de Direito Privado. Lula e o Congresso devem ser pressionados para que as reivindicações sejam atendidas”. Arthur Henrique, presidente da CUT, encerrando a atividade, disse que a marcha reuniu “trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, independente da central a que são filiados, neste momento de crise. Isso mostra que o povo brasileiro está pronto para a luta”.
Não ao Imposto Sindical
Após a atividade com as centrais, a CUT realizou um ato em frente ao Ministério do Trabalho, contra a Instrução Normativa nº 1 que institui o imposto sindical para os servidores públicos. “Os dirigentes que falaram ao microfone, no carro de som, fizeram duras críticas ao ministério. João Felício, secretário de Relações Internacionais, disse que ‘o ministro quer criar essa coisa feia, que é o imposto, onde não existe. E nós queremos outra coisa, queremos o fim do imposto por completo’. Julio Turra, diretor executivo, classificou como ‘um retrocesso similar a mais de 25 anos de história’, a proposta de criar imposto para servidores. ‘A CUT foi fundada para acabar com o imposto e para garantir a liberdade e autonomia, e esse ministério quer recuar no tempo’” (site da CUT).
É preciso cobrar prazo do governo
Durante marcha, houve várias audiências com ministros, presidente da Câmara, assessores dos ministérios. Na audiência com o ministro da Previdência, José Pimentel, para propor o fim do fator previdenciário, o governo apresentou uma proposta que mantém a idade mínima para a aposentadoria. É preciso continuar a luta pelo fim do fator previdenciário e contra a proposta de idade mínima.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, se comprometeu a dar caráter de urgência à tramitação do projeto de redução da jornada, sem redução de salário. Mas, para quando?
É preciso estabelecer prazos para que o governo apresente respostas, que tome medidas para garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores. Se o governo não responder, temos que voltar a Brasília.

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