Professores pedem substituição de diretora nomeada pelo prefeito

Eles alegam que a diretora não faz parte daquela comunidade escolar. Abaixo-assinado foi encaminhado ao presidente da Câmara.
Hélio Strassacapa
Professores da Escola Municipal Milton Santos, de Maringá, enviaram um ofício, juntamente com um abaixo-assinado com 25 nomes, ao vereador Mário Hossokawa (PMDB), presidente da Câmara, pedindo que a diretora nomeada pelo prefeito Silvio Barros (PP), Lucília Hoffmeister, seja substituída. Os professores alegam que a diretora nomeada não faz parte daquela comunidade escolar. Hossokawa disse que, como as nomeações são responsabilidade do Executivo, encaminhou a solicitação para o chefe de gabinete.
A diretora Lucília assumiu a direção da escola em 2 de fevereiro, beneficiada pela lei que permite ao executivo nomear diretores como cargos comissionados. “Eles vão analisar a solicitação, enquanto isso vou continuando meu trabalho”, disse a diretora. Lucília contou que é professora da rede municipal há 16 anos, e que não teve nenhum problema de relacionamento com os professores.
“Queremos expressar descontentamento com a decisão desta administração em nomear para o cargo de direção desta instituição uma profissional que nunca fez parte desta comunidade e nem reside nas suas proximidades”, diz a solicitação enviada pelos professores. O texto cita ainda duas professoras que já foram diretoras e que teriam interesse em ocupar o cargo.
De acordo com Iraides Fernandes Baptistoni, supervisora da Escola Milton Santos, os pais dos alunos também já estão se mobilizando e preparando um segundo abaixo-assinado com a mesma reivindicação. “Não temos nada contra a diretora, apenas queremos a garantia da comunidade ser ouvida”, disse Iraides. “Já não fazem o processo democrático como a gente acredita, mas que seja alguém da própria comunidade escolar”, completou ela, sobre a não realização de eleições diretas para diretoria.
Os professores enviaram também uma cópia do ofício para o vereador Humberto Henrique (PT). “Tudo aconteceu por causa daquela lei absurda que acabou com a eleição e permitiu que o prefeito nomeasse os diretores”, disse Henrique. O vereador da oposição disse que já encaminhou, pela terceira vez, um projeto de lei que restabelece as eleições, que está sendo analisado pelas comissões legislativas. Nas outras duas vezes o projeto foi derrubado.
Fonte: RPC

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