Carta às CUTs – MARCA 50 ANOS DO GOLPE MILITAR
São Paulo, 25 de março de 2014.
Às
Estaduais da CUT, Ramos e entidades filiadas.
Companheiros (as)
A Central Única dos Trabalhadores se construiu no combate a ditadura militar que vigorou no nosso país durante 21 anos (1964 – 1985). Durante aquele período não havia liberdade de organização e expressão, sindicatos eram invadidos, sofriam intervenções, diretorias eram cassadas, trabalhadores e trabalhadoras eram perseguidos/as, presos/as torturados/as e muitos/as foram assassinado/as. Os militares golpistas e grandes empresários também impuseram toda uma legislação que acabou com estabilidade no emprego, provocou arrocho salarial, concentração de renda, expulsão dos trabalhadores/as do campo, crescimento desordenado das cidades e aumento da pobreza.
Agora, depois de 50 anos, foi instituída a Comissão Nacional da Verdade (CNV) que tem entre os seus objetivos investigar os crimes da ditadura militar. No âmbito da CNV funciona o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical. Este GT tem ativa participação da CUT por meio da nossa Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça, que apoia os seus trabalhos. A Comissão da Memória da CUT organizou atos para ouvir depoimentos e denunciar os crimes do regime militar. Também tem colaborado com as pesquisas documentais no sentido de apoiar a busca por verdade, memória, justiça e reparação.
No próximo dia 31 de março, o golpe militar que instalou a ditadura fará 50 anos e temos que aproveitar este momento para dizer “Ditadura Nunca Mais”. A CUT orienta suas entidades filiadas a participarem de todos os atos e atividades que lembram e denunciam os crimes e os desmandos do regime militar. Enviamos em anexo a marca criada pelo Coletivo Sindical do GT Trabalhadores da CNV e que deve ser amplamente divulgada por meio de banners, faixas e cartazes. Está marca também está no site da central e pode ser baixada.
Devemos também aproveitar este momento para discutirmos e mostrarmos as marcas, a herança, que o regime militar deixou em vários aspectos da vida social brasileira. Precisamos transformar e superar essas marcas, rumo a uma sociedade justa e igualitária.
DITADURA NUNCA MAIS
Saudações CUTistas.
Vagner Freitas Sérgio Nobre Expedito Solaney
Presidente Secretário-Geral Secretário de Políticas Sociais