Sob protestos é aprovada a privatização do HC

Adriana Possan- ASCOM Sinditest-PR

Não é de hoje que a reitoria da Universidade Federal do Paraná tentava privatizar o Hospital das Clínicas de Curitiba, e na última quinta-feira, 28, o assunto foi novamente colocado em votação. Em 2012 a proposta de adesão da universidade à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) já tinha sido reprovada. Insatisfeito com a negativa, o reitor Zaki Akel Sobrinho fez tudo para realizar uma nova votação, e, nesta terceira tentativa, o projeto foi aprovado.

Com o objetivo de impedir a votação, manifestantes se mobilizaram e barricadas foram utilizadas, num primeiro momento, para impedir a sessão do Conselho Universitário. Apesar disso, a reitoria passou a realizar a reunião por videoconferência. Quando a energia do prédio foi desligada, impedindo a continuidade da votação online, os votos passaram a ser validados por meio de viva-voz em telefones celulares.

Durante a manifestação, um estudante foi algemado pela Polícia Federal dentro do prédio da reitoria e a mãe de outro levou dois tiros de bala de borracha e foi encaminhada ao hospital. Bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral impediram a ocupação do prédio.

Segundo Carla Cobalchini, presidente do Sindicato dos Trabalhadores (Sinditest) na UFPR, serão demitidos mais de 900 trabalhadores da fundação, diferente do que havia sido prometido pelo reitor. A representante do Diretório Central do Estudantes (DCE), Kédma Ojede, afirma entrar com mandado de segurança contra a decisão.

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