Em assembleia, servidores(as) aprovam denúncia de contas da Prefeitura ao MP
Na assembleia da última quarta-feira (16), na Câmara Municipal, a categoria deliberou por apresentar uma denúncia no Ministério Público (MP) contra a administração municipal. A denúncia, que será elaborada pelo jurídico do SISMMAR, vai se basear no fato de os dados dos gastos com a folha de pagamento dos servidores anunciado no Portal de Transparência o Município não baterem com relatórios apresentados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi). Essa disparidade foi notada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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De acordo com o estudo do Dieese, o Portal da Transparência do Município apresenta um gasto de 41,37% com a folha de pagamento. Contudo, ao TCE a Prefeitura informa que a despesa com pessoal consome 44,99% do orçamento, enquanto que o percentual informado ao Siconfi foi de 45,95%.
“Isso nos causou estranheza porque, segundo o técnico do Dieese, isso não é comum ocorrer nos municípios”, comenta a presidenta Iraídes, referindo-se ao economista Fabiano Camargo da Silva, que na assembleia desta quarta apresentou aos servidores detalhes do estudo técnico do Dieese que aponta a capacidade da Prefeitura de Maringá de conceder o reajuste de 17,5% reivindicado pelos servidores – sendo 11,08% de perdas da inflação e 6,42% de ganho real.
Indicativo de greve
Uma nova assembleia geral foi convocada para este sábado, às 8h30, na Câmara. Em pauta estará a avaliação da proposta a ser apresentada por Pupin e a deliberação sobre o indicativo de greve. Há o receio da categoria de que o prefeito não conceda sequer a inflação ou proponha o pagamento parcelado do reajuste. A presença de todos é fundamental.