Pupin mantém os indignos 4% e assembleia desta segunda define Comando de Greve

Todo munícipe conhece ou tem em sua família algum servidor municipal. E todo contribuinte precisa dos servidores(as) para ter serviços públicos de qualidade. Por isso, não apenas a categoria, mas toda Maringá esperava mais do prefeito Pupin, que com sua falta de bom senso e insensibilidade desencadeou a greve dos servidores(as), que tem data para começar: terça-feira, 29 de março.

Pupin mais uma vez deu provas de que a cidade carece de um prefeito. Depois de levar 44 dias para oferecer vergonhosos 4% de reposição à categoria, frente a uma inflação de 11,08% – que destrói o poder aquisitivo das famílias –, Pupin manteve sua injusta e incoerente proposta aos trabalhadores(as), na tarde desta segunda-feira (21), em reunião com os membros da Comissão de Negociação eleita em assembleia.

Não restou outra alternativa à categoria a não ser rejeitar os 4%, novamente por unanimidade. Na assembleia geraç desta segunda, a categoria também definiu os membros do Comando de Greve, além de deliberar por iniciar a greve geral na terça-feira (29). Há o claro entendimento de que todos os prejuízos à sociedade, que possam ser causados pela paralisação dos serviços públicos, será de inteira responsabilidade de Pupin e do secretariado que forma sua equipe de governo.

Diante de um superávit de R$ 128 milhões em 2015, e do fato de cidades com condições financeiras mais limitadas já terem dado o reajuste da inflação aos servidores(as) municipais (como foi o caso de Sarandi), a alegação de Pupin de que não tem como conceder o reajuste, por conta da crise, causa grande estranheza. Onde foi parar o dinheiro? O que há de errado com as contas públicas? Por que a administração não abre suas planilhas para provar que não tem como dar o reajuste? E, pior, por que existem prestações de contas com números que não batem no que se refere às despesas com pessoal?

Pupin deve mais do que explicações aos servidores(as), deve explicações das contas públicas de sua gestão à sociedade e também ao Ministério Público. O que há de errado, Pupin? Por que o prefeito de Sarandi encontrou meios de conceder a justa reposição da inflação a seus servidores(as) e esta Maringá das peças publicitárias, de superávit e dos inúmeros prêmios nacionais não consegue fazer o mesmo? Responda, prefeito!

NÃO DEIXE DE LER!

• Dieese encontra erros e assembleia aprova denúncia das contas da Prefeitura ao MP
• Pupin leva 44 dias para oferecer indignos 4% (7,08% abaixo da inflação) à categoria
• Proposta de 4% desencadeia greve e servidores(as) fazem passeata no Centro
• Vários municípios já concederam a inflação (ou mais), inclusive Sarandi

Manifestação
A greve começará no próximo dia 29 e, até lá, várias mobilizações serão organizadas pelo SISMMAR. A primeira delas prevê que um grande grupo de servidores(as) marque presença na sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta terça-feira (22), às 19 horas, para pedir o apoio de todos os vereadores à luta dos servidores(as).

Na última assembleia, oito dos 15 vereadores já se comprometeram em apoiar a categoria (leia os detalhes aqui). Agora, a luta é para que os demais também apoiem os 12 mil trabalhadores(as), que não admitem mais tanta falta de respeito da atual administração. Será que as 12 mil famílias desses servidores(as), que parecem não terem nenhuma importância para Pupin, também não importam aos vereadores?

O momento é decisivo. A hora é de construir uma greve histórica, para mostrar a Pupin que 12 mil servidores(as) valem muito mais do que uma administração que demonstra ser incompetente ao não encontrar meios de conceder a inflação um mês depois de anunciar superávit de R$ 128 milhões. Pupin pediu pela greve, e os servidores(as) deixaram a última assembleia com um indignado grito de guerra: “Trabalhador, em greve, Pupin a culpa é sua!”