Com superávit R$ 124 milhões menor que Maringá, Cianorte pagou a inflação

O prefeito Carlos Roberto Pupin insiste em propostas abaixo da inflação, alegando dificuldades financeiras. Primeiro, ofereceu 4%. Depois, aumentou para ainda indignos 5,54% (veja os detalhes no ofício abaixo). Contudo, a cada dia, mais e mais fatos ajudam a desconstruir os insustentáveis argumentos da atual administração.

Um desses fatos vem de Cianorte. Em sua prestação de contas, a Prefeitura de Cianorte apresentou à Câmara de lá um superávit de R$ 4 milhões (leia os detalhes aqui). E na Campanha Salarial já concluída, concedeu 11,4% a seus servidores municipais. Uma medida justa!

Reposição salarial 2016
O SISMMAR tomou a liberdade de usar a infografia elaborada pela assessoria do vereador. O reajuste de Pupin subiu para 5,54%, mas ainda segue longe da inflação de 11,08%

Então, com que embasamento técnico e moral a Prefeitura de Maringá, que teve superávit de R$ 128 milhões em 2015 (R$ 124 milhões a mais do que Cianorte), tem para oferecer apenas a metade da reposição da inflação de 11,08%? Por que a cidade vizinha tem condições de repor à inflação aos servidores e Maringá não tem?

Nova proposta
Segundo a presidente do Sismmar, Iraídes Baptistoni, o cenário não difere muito do anterior. A proposta de Pupin – que sugere dar o restante da inflação apenas em janeiro e se a Prefeitura alcançar a arrecadação de R$ 998 milhões –,  segue considerada indigna pelo sindicato porque o prefeito não dá qualquer garantia da reposição do restante da inflação.

“Os servidores também não têm garantia nenhuma de que o prefeito vai apresentar os números corretos da arrecadação, pois já temos um exemplo disso”, comenta Iraídes, referindo-se a uma irregularidade notada pelo Dieese nas prestações de contas da Prefeitura de Maringá. Segundo o Dieese, a Prefeitura apresentou despesas de pessoal ao TCE e ao Tesouro Nacional que não batem com os valores que estão no Portal da Transparência (leia os detalhes aqui).

Iraídes explica que a reposição da inflação é necessária porque já se trata de uma perda acumulada nos últimos 12 meses. E acrescenta que, apesar de o SISMMAR não concordar com o índice de 5,54%, caberá à assembleia avaliar a proposta. “Aceitar ou não esse valor compete apenas aos servidores, em assembleia. O sindicato é apenas o porta-voz para negociar em nove dos servidores”, esclarece.

Por isso, servidor(a), sua participação na assembleia da próxima segunda-feira, às 18h30, na Câmara Municipal, é tão importante. Agora, é também por nossas famílias!

 

 

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