Adesão cresce e Igreja Católica declara apoio aos servidores(as) municipais

O terceiro dia da greve, nesta quinta-feira (31), teve um importante momento para o movimento paredista, que tem ganhado mais adesões a cada dia. À tarde, falando em nome da igreja, os padres Genivaldo, Onildo e Emerson subiram no caminhão de som, situado defronte ao Paço Municipal, para prestar solidariedade à categoria e apoiar a reivindicação que eles, padres, também entendem ser justa.

Toda a cidade está se posicionando a favor dos servidores(as) por entender que a reivindicação é justa e que Pupin poderia seguir o exemplo dos prefeitos de Paiçandu e Sarandi e conceder logo a reposição da inflação para pôr um fim à greve! Os servidores municipais pedem 11,08% de reposição da inflação, nada mais, nada menos. “Não abrimos mão da reposição da inflação”, explica Iraídes Baptistoni, presidente do SISMMAR.

Padres
Padres. Genivaldo, Onildo e Emerson estiveram na praça do Paço para manifestar apoio e solidariedade da Igreja Católica aos servidores(as)

O apoio da Igreja Católica reforça ainda mais o movimento, que já contava com a aprovação da opinião pública. Segundo enquete realizada pelo jornal O Diário, na última terça-feira, 77,3% das pessoas que opinaram eram favoráveis à greve dos servidores. De lá para cá, o número de adesões à greve subiu de 3.200 (1º dia) para 5.500 (3º dia), do total de 12,1 mil servidores. E de acordo com o Sismmar, esse número só não é maior por conta de ameaças feitas aos servidores para que eles não aderissem ao movimento.

Câmara
Outro momento importante, no terceiro dia da greve, ocorreu na Câmara Municipal. Após o pequeno expediente da sessão ordinária desta quinta-feira, os vereadores decidiram interromper a sessão e se dirigir à Prefeitura. Eles exigiram uma reunião de emergência para buscar os 11,08% de reposição da inflação, índice que colocaria um fim à greve.

Novamente, o prefeito Carlos Roberto Pupin não estava presente. Da reunião envolvendo secretários, vereadores e membros da Comissão de Organização da Greve, a administração ofereceu extraoficialmente 4% de reajuste agora e outros 4% parcelados em quatro vezes de 1% – com o pagamento do retroativo apenas se a arrecadação permitisse.

?A Comissão de Negociação não aceitou a proposta, por entender que um índice menor do que a reposição das perdas inflacionárias prejudicaria e muito as famílias da maior parte dos servidores, que são mal remunerados. O menor salário é de apenas R$ 1.015,00. Alguns dos vereadores também consideraram um absurdo a nova proposta da administração.

“Chegou a ponto deles dizerem que se a sociedade civil organizada aceitar reduzir os investimentos na cidade para a prefeitura dar 11,08%, a administração aceita”, comentou Iraídes. Em função da resposta de secretários do prefeito, nesta sexta-feira, quarto dia da greve, a categoria fará uma passeata do Paço até a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). “Temos de mostrar a essa administração que estamos dispostos a negociar um reajuste justo”, acrescentou a presidente.

Abaixo, vídeo da manifestação na Câmara e a fala da presidenta Iraídes após a reunião com a administração:

https://youtu.be/OtFssG1EAF4

 

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