Proposta de 11,08% parcelado pode pôr fim à greve nesta sexta; só depende de Pupin

Diante da enorme relutância da administração municipal em conceder a reposição da inflação à categoria, a Comissão de Organização da Greve (eleita em assembleia) apresentou proposta na manhã desta sexta-feira (1º). A proposta foi formulada em conjunto com o presidente da Associação dos Funcionários Municipais de Maringá (AFMM), Marcelo Mazarão, e vereadores.

Segundo a presidenta do SISMMAR, Iraídes Baptistoni, a proposta – já entregue à equipe do prefeito Carlos Roberto Pupin – prevê a reposição parcelada da inflação de 11,08%. Seriam 4% de imediato, com o restante (7,08%) parcelado em cinco vezes. A proposta inclui a negociação da reposição dos dias parados, o que costuma ocorrer quando a greve é realizada no rigor da lei, como é o caso.

“Os vereadores, a comissão de negociação e o presidente da AFMM, num esforço conjunto, apresentaram proposta para administração, demonstrando total interesse em negociar”, explicou Iraídes. “A administração ficou de avaliar nossa proposta”, acrescentou a presidenta, informando que nova reunião foi agenda para agora à tarde. Se Pupin aceitar, uma assembleia geral será convocada de imediato pelo SISMMAR, porque caberá à categoria dar a palavra final.

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4º dia da greve. Na passeata matutina, quase 5 mil servidores caminharam do Paço Municipal até a Acim. No dia anterior, a Igreja Católica declarou apoio aos servidores(as)

Ainda segundo Iraídes, o grande impasse está no fato de a administração não aceitar avançar nos gastos com a folha de pagamento do funcionalismo. “Ao dar 11,08%, o gasto chega a 48%, ainda abaixo do limite prudencial, que é de 51%, portanto, totalmente viável”, comenta a presidenta. Da parte do SISMMAR, AFMM e vereadores há a expectativa de que a proposta seja aceita, o que resultaria na retomada dos serviços públicos.

Passeata
O quarto dia da greve começou, novamente, com concentração no Paço Municipal. De lá, por volta das 9h30, quase 5 mil servidores(as) partiram em caminhada à Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). O objetivo do ato foi de ampliar o apoio da sociedade civil organizada à justa reivindicação dos trabalhadores da Prefeitura. Na tarde anterior, por meio de três padres, a Igreja Católica de Maringá formalizou apoio ao movimento grevista por entender que a reposição dos 11,08% é justa.

Abaixo, mais fotos da passeata desta sexta-feira.

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