Depois de negar reajuste digno, Pupin faz elogios fora de hora a servidores do Viveiro
O governo do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) tem se superado, a cada dia, em suas contradições. Primeiro, teve o episódio da primeira-dama pedindo na imprensa doações ao Provopar, enquanto seu marido (Pupin) descontava os dias parados da greve para penalizar os servidores(as), mesmo sabendo que muitos teriam dificuldades inclusive para pôr comida na mesa de suas famílias – daí a necessidade daquela campanha que arrecadou cestas básicas.
Mais recentemente, em visita ao Viveiro Municipal, Pupin parabenizou o trabalho feito pelos servidores(as), agradecendo a todos pela dedicação (em assunto publicado em O Diário). Uma contradição sem tamanho, que beira a hipocrisia. Por que, sr. prefeito, esse reconhecimento não ocorreu na hora de repor a inflação de 11,08%?
Na época da campanha salarial, Pupin fez de tudo para conceder apenas 4% de reajuste a todos os servidores, inclusive os do Viveiro Municipal, os mesmos que agora ele elogia. Pupin quis que esses e todos os demais trabalhadores ficassem 7,08% mais pobres, por conta de um reajuste abaixo da inflação.
Não fosse pela união da categoria na greve, o reajuste teria sido de apenas 4%. Uma injustiça, ainda mais porque todos os demais prefeitos paranaenses deram a reposição da inflação sem a necessidade de uma greve e sem perseguições, como o desconto arbitrário e desumano dos dias parados.
Para ser prefeito de uma cidade do porte de Maringá seria bom ter um pouco de coerência em seus atos. Não é com elogios fora de hora que os trabalhadores sustentam suas famílias em tempos de crise, mas, sim, com salários dignos e justos.
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