Nota do SISMMAR sobre a fala de dirigente sindical em grupo privado
Na sexta-feira (30), dia nacional de união da classe trabalhadora em greve geral contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a favor de eleições diretas, o print da conversa entre uma dirigente do SISMMAR e uma servidora(a), num grupo privado, ganhou as redes sociais após ser tornado público por um blogueiro da cidade.
Apesar de se tratar de um blog de pouca expressão e de credibilidade contestável, a publicação teve grande repercussão por envolver uma categoria formada por mais de 13 mil servidores – cerca de metade deles da Educação. Nesse episódio, o SISMMAR tem algumas questões a pontuar:
1º No diálogo, a servidora é orientada a não retornar ao trabalho por se tratar de “um dia de paralisação”, e não de meio dia ou de uma hora;
2º Apesar de a adesão dos servidores(as) municiais à greve geral ter sido aprovada em assembleia geral, ninguém foi coagido a participar. O SISMMAR não realiza piquetes. As adesões, nesta e em paralisações anteriores, sempre foram voluntárias;
3º A orientação dada pela dirigente, independentemente da linguagem empregada, foi correta do ponto de vista do dia de luta contra a retirada de direitos. A paralisação, obviamente, pode não ser uma unanimidade, mas é uma ferramenta importante na luta dos trabalhadores contras abusos, como esses pretendidos pelo governo Temer;
4º É incontestável o fato de que conversas de whatsapp costumam ser informais, justamente por se tratar de um ambiente privado e não de uma rede social de perfil público. A linguagem utilizada pela dirigente sindical, portanto, tem de ser analisada sob esse contexto;
5º O que chamou a atenção na repercussão do diálogo não foi a postura do blogueiro – que, talvez, por ter um baixo nível de instrução, não tenha tido condições de avaliar o significado de “um dia de paralisação” –, mas sim a conduta lamentável do servidor(a) da Educação que publicizou a informação privada de um grupo de whatsapp;
6º Na postagem de seu blog, o comunicador faltou com a verdade ao (des)informar que o sindicato teria dito à categoria “que a Prefeitura não descontaria a falta”. Se prezasse pela verdade, o blogueiro teria informado que dirigentes do sindicato se reuniram com a administração para tratar da reposição desse dia de greve geral, a princípio do que ocorreu em paralisações anteriores;
7º O sindicato prima pelo franco diálogo com a categoria, submetendo decisões importantes às assembleias; promovendo a eleição de representantes por locais de trabalho; visitando com frequência a base; e colocando toda sua estrutura, inclusive jurídica, em defesa dos direitos dos trabalhadores(as). Essa representatividade nas lutas está acima da má-fé de uma ou de outra pessoa.
Juntos(as) somos fortes, por nenhum direito a menos!