Por mais respeito na Educação: Nota de repúdio à imprensa sensacionalista

A rede municipal de educação de Maringá tem passado por dias difíceis. As ocorrências de ataques de alguns pais e mães truculentos contra servidores(as) no exercício de suas funções têm se tornado cada vez mais recorrentes. Algumas agressões foram motivadas, por exemplo, pelo simples fato de a profissional do centro de educação infantil (CMEI) exigir dos pais o respeito à regra estabelecida na entrada ou saída dos alunos.

Também houve casos de ofensas verbais e de denúncias sem provas, que colocam medo nos profissionais da educação que se dedicam a cuidar dos filhos e filhas dos maringaenses. Os inúmeros atos realizados pelo SISMMAR a pedido da categoria, por mais respeito e valorização aos servidores(as) da educação municipal, mostram a insatisfação da categoria. Isso ocorreu no caso da professora Mariselma, uma pessoa com excelente histórico profissional e que foi pré-julgada após denúncias sem provas.

No caso da professora Mariselma e em vários outros, as ações de parte da imprensa – de jornalistas e comunicadores (alguns sem formação na área) sensacionalistas e despreocupados com as consequências de seus atos – tem agravado um problema que já é delicado. Opiniões dadas em programas jornalísticos, especialmente aqueles do horário do almoço, causam injustiça por pré-condenar sem dar o direito de defesa aos servidores, inflamando populares e elevando o clima de tensão. Isso, infelizmente, colabora para o aumento dos casos de agressão e violência nas unidades de ensino.

Ato realizado em 15 de novembro mostrou a força e a união dos servidores(as) da Educação na luta por respeito e valorização

 

O SISMMAR compreende que o trabalho da imprensa é de suma importância num estado democrático de direito, pois contribui de forma ímpar para a liberdade de expressão e para avanços na transparência. Contudo, o sindicato repudia as atitudes de pessoas que têm o microfone e que não medem as consequências de opiniões parciais e pré-condenatórias. O sindicato entende que papel da imprensa – e uma parcela dos jornalistas executa essa função com louvor – é a de informar a população com seriedade, dando espaço ao contraditório, e não o de julgar e condenar, causando muitas vezes danos morais irreparáveis a quem é alvo de críticas irresponsáveis.

Nesse cenário de aumento de violência nas unidades de ensino, o SISMMAR apela para o bom senso, pedindo aos profissionais de imprensa com histórico sensacionalista que avaliem a consequência de suas falas e que, sempre que for possível, não deixem de ouvir o outro lado da história. Nem sempre uma denúncia é verídica. Nem sempre a pessoa que é acusada injustamente consegue se recuperar depois do dano causado. Estamos lidando com pessoas, com profissionais que dedicaram a vida toda à educação dos jovens maringaenses, e essas pessoas merecem respeito.

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