Trabalhadores de Maringá dizem não à reforma da Previdência

Na cidade, manifestações ocorreram na Praça Raposo Tavares, desde antes do amanhecer até o início da tarde

Centro de Maringá: vista da manifestação de cima do caminhão de som (14/06/2019) – Foto: Valter Baptistoni

A sexta-feira (14) foi um dia marcante de luta contra o fim da aposentaria. Em todo o Brasil, trabalhadores(as) foram às ruas protestar contra a reforma da Previdência pretendida pelo governo Bolsonaro.

Em Maringá, a manifestação teve concentração na Praça Raposo Tavares e imediações, com grande participação dos servidores(as) municipais. Antes de o sol nascer, ônibus já eram parados e mais pessoas eram convencidas a se juntar à luta pelo direito de se aposentar com dignidade.

A rua Joubert de Carvalho e as travessas Guilherme de Almeida e Júlio de Mesquita Filho, todas no entorno da praça, tiveram o trânsito interrompido. Na Avenida Brasil, a interrupção foi parcial. Manifestantes estenderam faixas e entregaram panfletos para explicar à população sobre a importância da luta contra essa reforma.

Num caminhão de som estacionado na Travessa Júlio de Mesquita Filho, sindicalistas, líderes estudantis, políticos que defendem os trabalhadores, padres e pastores, entre outras lideranças, alternaram-se no microfone. Isso se estendeu desde o amanhecer até depois do meio-dia.

Os discursos inflamados tinham como alvo a reforma tão sonhada pelo ministro/banqueiro Paulo Guedes (Economia) e que, se aprovada, praticamente anulará as chances de o trabalhador conseguir a aposentadoria 100%. Isso se a proposta de capitalização não acabar com a aposentadoria que temos hoje.

No início da tarde, as ruas foram desbloqueados e os ônibus, liberados. Nas horas seguintes, houve aulas públicas sobre a Reforma da Previdência. Entre os ministrantes estavam a professora doutora Tânia Tait e Walter Fernandes, do Conselho de Leigos.

Durante toda a manifestação, o SISMMAR manteve na praça um posto com água e com a lista de presença dos grevistas. A direção do sindicato negociará a reposição desse dia parado com o governo Ulisses Maia (PDT).

No Brasil

A Greve Geral desta sexta-feira foi, de longe, maior do que as duas manifestações anteriores contra a reforma e muitas vezes maior do que o ato em favor do governo Bolsonaro.

Segundo mapa da CUT, atualizado em tempo real durante a sexta-feira (14), manifestações foram registradas em mais de 360 cidades. Veja o mapa aqui.

Todas as capitais e o Distrito Federal tiveram atos contra a reforma de Bolsonaro. Segundo balanço divulgado pelas centrais sindicais, no fim da manhã, mais de 45 milhões de trabalhadores(as) aderiam à Greve Geral.

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