‘Outras greves virão contra a reforma da Previdência’, diz presidente da CUT

Afirmação é de Vagner Freitas, que classifica a Greve Geral desta sexta (14) como vitoriosa

Vagner Freitas, presidente da CUT, em entrevista a jornalistas (14/06/2019)
Da CUT

O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que as centrais sindicais e os trabalhadores(as) do País estão dando um recado claro a Jair Bolsonaro (PSL) de que são contra a proposta de reforma da Previdência e também a proposta do relator, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), que manteve a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para homens e 62 para as mulheres, o cálculo que reduz o valor do benefício e 40 anos de contribuição para ter direito à aposentadoria.

Para Vagner, a greve geral desta sexta-feira (14), só fortaleceu a luta dos sindicatos que, com a ajuda da classe trabalhadora, vão continuar pressionando os deputados em seus redutos e bases eleitorais, avisando que não vão votar em traidores do povo, da mesma forma que os que votaram a favor da reforma Trabalhista não retornaram ao Congresso Nacional nas eleições de 2018.

Esta greve geral está sendo exitosa, apesar das práticas antissindicais de patrões e Tribunais, mesmo com a repressão policial em vários estados. Foi maior do que a greve construída em 2017 contra a reforma de Michel Temer. E nós vamos a Brasília, vamos organizar novas manifestações, coletar assinaturas e entregar um abaixo-assinado no Congresso Nacional.

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

Para Vagner, apesar de uma parcela da imprensa tratar como greve de transportes, o balanço do movimento financeiro vai mostrar que as pessoas não foram trabalhar. Houve paralisação da produção porque muitos não saíram às ruas, sejam trabalhadores formais, informais, desempregados e desalentados.

Segundo ele, o movimento foi para que as pessoas não saíssem de casa e o vazio de algumas estações de Metrô em São Paulo e em várias capitais, por falta de passageiros, mostra que a luta foi forte e que serão realizadas quantas paralisações forem necessárias para defender a aposentadoria.

“A greve não era só do transporte, é da classe trabalhadora, dos estudantes que não aceitam essa reforma. O texto da reforma é ruim. Queremos que o governo retire toda a proposta e depois vamos discutir o que queremos”, disse Vagner.

Para o presidente da CUT, a melhor forma de resolver o caixa da Previdência é cobrar dos devedores, da apropriação indébita, reduzir juros e fazer políticas de investimentos que gerem emprego e renda.

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