17 de maio: Dia Mundial de Combate à LGBTfobia
A luta contra a opressão e a exploração devem andar sempre juntas
Hoje comemora-se o Dia Mundial de Combate à LGBTfobia. A data é simbólica na luta pelos direitos LGBTs porque coincide com o dia em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) excluiu a homossexualidade do rol de doenças. A partir de 17 de maio de 1990, a homossexualidade deixou de ser tratada como um distúrbio da mente e ficou reconhecido apenas um traço da personalidade humana.
No Brasil, debater essa data e o seu significado é uma missão urgente. Nosso país, infelizmente, é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTs no mundo.
De acordo com relatórios da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA), o Brasil é o país com maior quantidade de homicídios de pessoas LGBTs e também lidera o número de assassinato de pessoas trans no mundo.
Uma pessoa LGBT é morta no país a cada 19 horas, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB). Somente no ano passado, 445 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem LGBTs. A Rede Trans Brasil aponta que a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é assassinada no país. O fenômeno pode ser ainda maior, uma vez que muitos casos não são notificados como crimes de ódio.
A realidade só demonstra ainda mais a importância de nos unificarmos com as LGBTs da classe trabalhadora. A luta contra a opressão e a exploração devem andar sempre juntas.