Em novas visitas às unidades, problemas voltam a ser identificados

Após repercussão na mídia sobre as irregularidades encontradas pela direção do SISMMAR em unidades, novas vistorias são realizadas e os mesmos problemas são registrados; sindicato cobra mudanças urgentes por parte da Seduc

Esforço das servidoras e diretoras das unidades garante boa organização das salas, mas problemas estruturais impedem maior segurança nas unidades – Foto: Matheus Gomes

Desde o retorno às aulas presenciais na rede municipal, no dia 28 de julho, a direção do SISMMAR realiza uma série de visitas às unidades a fim de verificar a segurança no local contra a pandemia de covid-19. Somente nos primeiros dias, diversos problemas foram visualizados e registrados pelo sindicato que cobra mudanças urgentes por parte da Seduc, como forma de proteger servidores e estudantes. Entre ontem (3) e a manhã de hoje (4), novas visitas foram feitas e, assim como na maior parte das Escolas Municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei’s), irregularidades foram constatadas.

Novas visitas, os mesmos problemas

Nas três unidades vistoriadas, com realidades diferentes, a direção sindical passou por salas e conversou com as respectivas comissões de contingenciamento. No geral, a organização interna foi bem garantida a partir do esforço de diretoras e servidoras que realizam as modificações necessárias para manter o ambiente seguro, dentro das limitações estruturais. Ainda assim, uma parcela considerável dos profissionais da Educação segue apreensiva diante da volta presencial sem a imunização completa e com os problemas presentes. 

Dentre os principais pontos que a gestão Sindicato é pra Lutar solicita alterações por parte da administração municipal, permanece a necessidade da disponibilização de máscaras consideradas como Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como a cirúrgica ou os modelos N95 e PFF2.

 Ao mesmo tempo, as viseiras de acrílico continuam a causar uma série de incômodos nos profissionais, que tiveram de comprar novos modelos com dinheiro do próprio bolso para conseguir realizar o trabalho com o mínimo de conforto. Para este caso, o sindicato orienta que os servidores não abandonem o equipamento e informem a Saúde Ocupacional sobre as dificuldades para usar a face shield.

Apesar da Prefeitura de Maringá ter divulgado nota à imprensa para relatar que todas as unidades possuem sala de isolamento, para ser usada em caso de alunos com sintomas, novamente uma das unidades foi identificada sem qualquer espaço para estas situações, em razão da falta de estrutura fornecida pela secretaria de Educação.

Berçário 

Em uma das unidades visitadas, a preocupação é ainda maior em razão do trabalho a ser realizado a partir da próxima semana com bebês a partir dos quatro meses de idade, em razão da necessidade de contato próximo. Além dos riscos de contaminação e problemas estruturais identificados, novamente a viseira de acrílico oferecida pela Seduc foi alvo de críticas. Junto dos desconfortos já mencionados, há uma preocupação por parte de servidoras sobre possíveis riscos trazidos por causa de uma ponta de plástico no material. 

Além de inúmeros relatos de desconforto causado pela viseira entregue pela Seduc, ponta de plástico gerou preocupação em algumas servidoras

Atuação sindical

Todos os problemas identificados ao longo desta semana de visitas serão organizados em um relatório a ser editado e enviado pela gestão Sindicato é pra Lutar, de maneira oficial, para a Seduc e o Ministério Público, já convidado para participar das visitas junto da direção sindical. Justamente em razão das irregularidades, a direção sindical volta a cobrar urgentemente um curso de formação para integrantes das comissões de contingenciamento. O SISMMAR reitera o compromisso em defesa dos trabalhadores e se coloca à disposição da categoria para o recebimento de denúncias em caso de novos problemas nos locais de trabalho. 

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