SISMMAR chama Assembleia Permanente contra pacote de ataques da Prefeitura
Juíza de Curitiba alega que o piso do magistério é inconstitucional, apesar do reajuste estar em vigência em diversas cidades do Brasil, inclusive em Curitiba; Alegação da magistrada é desdobramento de pacote de ataques realizado pela Prefeitura de Maringá, que mudou de postura recentemente, passou a atacar servidores e o sindicato, usou de diversas medidas para coibir a circulação de cartazes e panfletos do SISMMAR e ajuizou a situação sem apresentar qualquer proposta concreta; Gestão Sindicato é pra Lutar convoca Assembleia Permanente para amanhã (28), às 18h30, na Câmara Municipal, para que o conjunto da categoria decida sobre a paralisação marcada para o dia 29 e sobre a liminar da Justiça. Confira a nota oficial do SISMMAR:
Nota Oficial do SISMMAR:
Na noite desta segunda-feira, 26 de setembro, a direção do SISMMAR tomou conhecimento sobre a decisão da juíza Vera Lúcia Feil, da 6ª Vara Federal de Curitiba, que alega inconstitucionalidade na implementação do piso do magistério. Apesar do reajuste já ser aplicado em diversos municípios de variados Estados do Brasil, a medida da magistrada de Curitiba reforça o histórico caráter de classe da justiça brasileira, que em momentos decisivos tende a atuar contra todo o conjunto da classe trabalhadora.
A decisão desta segunda-feira é um desdobramento do pacote de ataques promovido pela administração de Ulisses Maia (PSD) contra os servidores municipais e contra o sindicato que representa a categoria. Desde fevereiro deste ano, o prefeito Ulisses Maia, o vice Edson Scabora, o chefe de gabinete Domingos Trevizan e a Procuradoria-Geral do Município, sob assinatura de Nabil Beumon, reconheceram a existência do piso e prometeram a implementação do reajuste para os profissionais do magistério. Por esta razão, o SISMMAR sempre esteve aberto para o recebimento de uma proposta da Prefeitura como forma de se avançar rumo a maior valorização das servidoras e dos servidores municipais.
Após vários meses de negociações e promessas vazias feitas por integrantes da administração municipal, nas últimas semanas a Prefeitura mudou repentinamente a postura. Em reuniões para tratar sobre a implementação do piso, secretários municipais e o próprio prefeito iniciaram uma série de ataques levianos e infundados contra o SISMMAR, que há meses solicita uma proposta oficial. Esta postura agressiva contra a entidade que representa milhares de profissionais e aposentados do município contraria os inúmeros documentos oficiais enviados por integrantes do governo municipal que defendiam o piso.
A partir destas ações antidemocráticas por parte da Prefeitura, a mobilização da categoria cresceu de maneira rápida e organizada, com assembleias cheias e maior cobrança contra o governo de Ulisses Maia. Como uma forma de frear esta ação dos trabalhadores, que aprovaram de forma unânime uma paralisação para esta quinta-feira (29), houve uma ordem expressa, por meio da Secretaria da Educação, para coibir a circulação de cartazes e panfletos do sindicato com informações sobre o piso. Dezenas de profissionais entraram em contato com o SISMMAR para informar sobre os ataques contra a mobilização e sobre o receio de se posicionarem favoravelmente à paralisação, com medo de represálias e perseguições.
O pacote de ataques da Prefeitura chega a este novo capítulo a partir da judicialização sem apresentar qualquer proposta para os trabalhadores, que seguem no aguardo. A partir desta medida da magistrada de Curitiba, a gestão Sindicato é pra Lutar convoca Assembleia Permanente para amanhã (28), com primeira chamada às 18h30, na Câmara Municipal, como forma da própria categoria discutir e decidir democraticamente quais medidas devem ser tomadas para fazer frente a estas ações da administração Ulisses Maia. A direção sindical chama a unidade das servidoras e dos servidores municipais neste momento de duro golpe contra a categoria. Ao mesmo tempo, entende que estas práticas impositivas, por meio de um pacote de ataques recentes, derrubam completamente a ilusão de que administração Ulisses Maia seria uma “gestão humanizada”.