Licitação para PPP é publicada no DOU

Mesmo com toda mobilização de órgãos da sociedade maringaense que questionam a forma com que ocorreu o processo de aprovação da parceria público-privada (PPP) do lixo, a administração municipal insiste em atirar no escuro. Na edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial da União (DOU) foi publicado aviso de licitação para a contratação da empresa que deverá realizar o serviço de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos.

Em entrevista ao jornal O Diário, o coordenador do Programa Pró-cidades do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Leopoldo Fiewski, indica a fragilidade do sistema que pode sofrer intervenções da justiça devido a forma com que tem sido conduzido. “Se não houver qualquer medida judicial, a gente tem intenção de começar a operar o novo sistema no segundo semestre. É um edital complexo e extenso”.

Desde o início do processo, o SISMMAR e demais entidades estranham a rapidez para aprovar a PPP, deixando diversas questões de lado, como por exemplo, a ausência de estudos técnicos que comprovem a eficácia do modelo e a falta de transparência. Contudo, a maior preocupação do sindicato tem sido com a vida do servidor e a possibilidade de novas terceirizações no serviço público municipal.

Além desses fatores, o custo do sistema também preocupa. A PREVISÃO é que sejam gastos (ou seja, o valor pode ser ainda maior) R$ 1,170 bilhão, por 30 anos de contrato, um custo de aproximadamente R$ 2,7 milhões por mês. Com esse valor não seria possível investir no servidor, na melhoria dos caminhões que realizam a coleta e na ampliação do serviço, sem a necessidade de terceirizá-lo?

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