Compra de vagas nas creches entra na pauta do Conselho Municipal de Educação
Estranhamente, o projeto de compra de vagas das creches particulares, encabeçado pela secretária Valkíria Trindade (Seduc), não teve em sua concepção a participação do Conselho Municipal de Educação. O assunto entrou em pauta no conselho somente depois de conselheiros serem procurados pelo SISMMAR.
“Nós perguntamos se eles tinham sido consultados pela administração antes de apresentarem o projeto, e eles não tinham. Foi o SISMMAR que levou essa pauta ao conselho”, conta Iraídes Baptistoni, presidenta do SISMMAR.
O sindicato participou da reunião ordinária do conselho, nesta quarta (27), quando o assunto esteve finalmente na pauta. Membro do conselho, a professora Marta Croce, da UEM, recebeu da Seduc um levantamento dos dados que baseiam o projeto, como a carência de vagas nos CMEIs. Marta demonstrou preocupação com a terceirização parcial da Educação Infantil, considerando válida a preocupação que é externada pelo SISMMAR desde o anúncio da compra de vagas, no início de julho.
A falta de uma consulta prévia ao conselho, neste projeto da administração, soa estranho porque em outras áreas os conselhos costumam ser consultados. Foi o que ocorreu na questão da arborização. O Plano Diretor da Arborização Urbana de Maringá, atualmente em fase de estudos, partiu justamente de uma resolução do Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema). Sendo assim, o sindicato questiona: por que no caso das nossas crianças o Conselho Municipal de Educação não foi ouvido antes?
Ministério Público
Na reunião, o SISMMAR foi convidado por Marta a participar da reunião de uma comissão especial, da qual faz parte o Ministério Público, para aprofundar o debate sobre o assunto.