SISMMAR apoia greve dos caminhoneiros(as), mas repudia ação de oportunistas
O Sindicatos dos Servidores Municipais de Maringá (SISMMAR) manifesta apoio ao movimento nacional de caminhoneiros(as), iniciado na segunda-feira (21), por considerar legítima a greve e suas reivindicações. A categoria luta contra a escalada recorde nos preços dos combustíveis decorrentes de uma política entreguista do governo golpista de Michel Temer (MDB).
O protesto é justo porque a alta dos combustíveis prejudica principalmente os motoristas que, na ponta da cadeia, têm pagado para trabalhar. Para se ter uma ideia, apenas nos últimos dois anos ocorreram 229 reajustes no preço do diesel, enquanto que nos 12 anos anteriores (de governos legítimos, eleitos pelo povo), foram apenas 16 reajustes.
Apesar do alardeado “acordo” divulgado na noite de quinta-feira (25) por ministros do ilegítimo governo Temer, a mobilização nacional dos caminhoneiros prosseguiu nesta sexta (26). Há dificuldades dos trabalhadores(as) – e com os caminhoneiros não é diferente – em acreditar em promessas de um presidente que, diuturnamente, empenha-se em retirar direitos dos menos favorecidos para manter as regalias de uma minoria abonada.
A categoria quer garantias no papel, com a aprovação de lei reduzindo impostos sobre os combustíveis. O SISMMAR espera que haja bom senso e celeridade dos governantes (presidente e parlamentares) para resolver o problema, já que toda a população padece, de uma forma ou de outra, com o desabastecimento que iniciou com os combustíveis e avança para outros produtos.
Há de se destacar, no entanto, que o apoio do SISMMAR e de inúmeras entidades considera o fato de que a greve é ferramenta constitucional, portanto democrática, de luta das classes trabalhadoras contra injustiças sociais e desmandos dos governantes/patrões. Assim, repudia-se a ação de uma minoria oportunista que, infiltrada num movimento legítimo, tem aproveitado o momento para pedir intervenção militar.
O bem mais precioso do trabalhador(a) é o direito de escolha de nossos governantes por meio do voto. A crise de autoridade, de liderança, de falta de diálogo de um governo golpista começará a ser superada com a eleição, em outubro, de um presidente legítimo. Toda luta da classe trabalhadora deve ser apoiada pelos trabalhadores, desde que respeitado o estado democrático de direito.