Trabalhadores aprovam greve geral em 14 de junho contra Reforma da Previdência

Dia de paralisação nacional foi aprovada neste 1º de maio. Ato será organizado pelas centrais sindicais

Manifestação de trabalhadores no dia 1º de maio, em São Paulo
Da CUT

Neste 1° de maio histórico, que reuniu todas as centrais sindicais brasileiras em um ato unitário, no Vale do Anhangabaú, na capital paulista, mais de 200 mil trabalhadores e trabalhadoras aprovaram, por unanimidade, a greve geral contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL). A paralisação ocorrerá em 14 de junho.

Está aprovado! O Brasil irá parar em defesa do direito à aposentadoria dos brasileiros e das brasileiras. A única forma de barrar essa reforma é fazer o enfrentamento nas ruas. É greve geral.

Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

Para Freitas, a proposta de Bolsonaro e seu guru, Paulo Guedes (ministro da Economia), é cruel com o povo. “Querem acabar com o auxílio-doença, dificultar o auxílio-maternidade, acabar com o direito dos trabalhadores, sobretudo os mais pobres, de receberem pensão e aposentadoria para sobreviver. É por isso que vamos parar dia 14”, diz.

Se o problema do governo é arrecadação de dinheiro, as centrais sindicais têm uma proposta de reforma Tributária para apresentar. “Se Guedes quer arrecadar R$ 1 trilhão que vá tributar os ricos e milionários que têm jatinho. Não venha querer tirar do povo trabalhador”, comentou o presidente da CUT.

Outras centrais

Já o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, destacou a unidade construída pelas centrais sindicais contra a reforma da Previdência. “A unidade se faz na luta constante e estaremos juntos até o fim para barrar a reforma da Previdência”, disse.

O presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, reforçou que se a reforma não for barrada nas ruas, será praticamente o fim do direito à aposentadoria. “Não tem jeito. Ou essa reforma para de tramitar ou paramos o Brasil”, declarou Araújo.

Pelo texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 006/2019, que na próxima semana começa a ser analisada na Comissão Especial na Câmara dos Deputados, a aposentadoria por tempo de contribuição irá acabar e as mulheres serão obrigadas a se aposentarem com, no mínimo, 62 anos de idade, e os homens 65 anos.

Além disso, o tempo mínimo de contribuição subirá de 15 anos para 20 anos e os trabalhadores vão receber menos, apenas 60% do valor do benefício será pago se a reforma for aprovada. Para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador terá de contribuir por pelo menos 40 anos.


Unidade na luta

E não são apenas as centrais sindicais que estão unidas contra a reforma da Previdência. Os movimentos sociais ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e diversos partidos políticos, como PT, Psol, PSB, PC do B, também estão na luta em defesa do direito do povo se aposentar.

Ex-candidato à presidência da República pelo PT, o ex-prefeito de SP, Fernando Haddad, parabenizou a unidade da classe trabalhadora e destacou que o momento é de união para barrar os desmandos do governo de Bolsonaro.

A geração de 6 milhões de empregos prometidos pelos que traíram a classe trabalhadora (Temer e outros) para aprovar a nova lei trabalhista se transformou em pesadelo, com taxas recordes de desemprego. Foram 43 mil postos de trabalho, com carteira assinada, perdidos no último ano.

Não há diferença entre as propostas de Bolsonaro e Temer. São só cortes de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

Fernando haddad (PT), professor da usp e ex-prefeito de são paulo

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