SISMMAR cobra medidas na Saúde, Sasc e Educação
Em reunião no Paço Municipal, direção do SISMMAR cobrou mudanças em três secretarias após identificação de problemas trabalhistas e em medidas contra a pandemia
A diretoria do SISMMAR se reuniu na última semana com o prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), e integrantes da gestão municipal. Com diversos temas em discussão, a direção sindical buscou informações e cobrou demandas referentes às secretarias municipais de Saúde, Assistência Social e Educação. Os secretários de Gestão, Clóvis Augusto de Melo, e o de Recursos Humanos, César França, também acompanharam o encontro no Paço Municipal.
Assim como desde o começo da pandemia, a luta pelo direito à vida dos servidores e a manutenção de direitos em meio à crise são prioritárias para o sindicato. Desta forma, foi agendada uma visita à Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte, com representantes de ambas as partes. Também durante a conversa, Maia relatou que não tem previsão para o retorno presencial da educação municipal.
Saúde
A reunião que se deu no fim da tarde de sexta-feira (4) teve como ponto de partida reclamações recebidas pelo SISMMAR, além de problemas constatados pela própria direção, sobre a Unidade de Pronto Atendimento da Zona Norte. O local que é referência no recebimento de pessoas suspeitas com o novo coronavírus teve registro recente de demora nos atendimentos das pessoas. Pela possibilidade desta situação ter relação com problemas estruturais da UPA com maior demanda na pandemia, uma visita entre Ulisses Maia, o secretário de Saúde, Jair Biatto, e a direção sindical foi agendada para esta sexta-feira (11), a fim de visualizar o espaço e conversar com servidores.
Ao mesmo tempo, o sindicato cobrou a implementação das 30 horas para a saúde e instrutores de arte e Educador Social do Complexo de Saúde Mental. A demanda debatida e solicitada pelos próprios servidores soma-se a outra cobrança dos trabalhadores, em especial no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) III, sobre problemas de comunicação interna para que os vários problemas no local sejam ao menos analisadas.
De acordo com Maia, não haverá a renovação da permanência da emergência psiquiátrica no CAPS III. Segundo a Secretaria e o Conselho Municipal de Saúde, esta medida se encerra na segunda metade deste mês.
Sasc
Também após conversa do sindicato com diversos servidores do Centro Dia, destinado às pessoas idosas em situação de vulnerabilidade, foi relatado que há pendências a ser pagas aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, foi solicitado que os servidores da Assistência Social passem por uma testagem em massa nos próximos dias. Ulisses concordou com a testagem de todos os servidores, de todas as unidades da SASC, cobrada pelo SISMMAR e irá tentar a viabilização o quanto antes. Juntamente da testagem, a organização de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) será reavaliada após problemas no último mês.
Educação
Uma das demandas que surgiram ao longo da pandemia no campo da educação se deve ao pagamento integral das horas suplementares das professoras de apoio. Depois de reunião chamada pelo sindicato no final de junho, a gestão municipal encaminhou a situação para o RH. Ainda sem uma devolutiva satisfatória, o SISMMAR realizou nova cobrança, desta vez com o objetivo de que a Procuradoria Geral do Município (Proge) apresente um parecer sobre a situação dos profissionais de apoio.
Em razão da cobrança nos últimos meses por parte de empresários da educação local e estadual, o sindicato iniciou mobilização junto dos servidores que se sentem preocupados com a possibilidade de retorno às aulas presenciais em meio à pandemia. Também com apoio de outras entidades sindicais, protestos e ações foram realizados como forma de unir a categoria e chamar a atenção da população sobre os riscos da reabertura completa das escolas. Após cobrança de um posicionamento, o prefeito Ulisses Maia disse que, até o momento, não há previsão para o retorno presencial em 2020.
Em todas as demandas ainda em progresso ou parcialmente solucionadas, o SISMMAR permanece atento para que as vidas dos servidores sejam colocadas como prioridade a cada ação da Prefeitura, ao mesmo tempo em que os direitos trabalhistas sejam protegidos e respeitados.