Cobrança do SISMMAR gera resultado e Prefeitura adota escalonamento

Diante de reivindicações do sindicato, governo municipal aceita pedido por restrições das atividades e escalonamento das jornadas de trabalho será adotado; SISMMAR cobra vacinação para trabalhadores com risco direto de contaminação

Reunião teve participação da direção do SISMMAR, secretários municipais e do prefeito, por videochamada – Foto: Phill Natal

Após novas cobranças da direção do SISMMAR e com a Saúde maringaense à beira do colapso, a Prefeitura de Maringá irá implementar o sistema de escalonamento em diversas secretarias municipais. Medidas restritivas, e defendidas há várias semanas pela entidade de classe, visam a proteção dos servidores com a redução do fluxo de pessoas nos locais de trabalho com serviços considerados não essenciais pela lei e com possibilidade da jornada remota.

Reunião

A direção do SISMMAR participou de reunião no fim da tarde de hoje (25), no Paço Municipal, com o prefeito Ulisses Maia (PSD), de maneira virtual, e diversos secretários. Representado pela presidente Priscila Guedes e os dirigentes Gehélison Gomes e Bianca Sanches, o sindicato voltou a defender, em primeiro plano, a suspensão das atividades administrativas em locais sem atividades essenciais. O pedido já havia sido formalizado há uma semana, tendo em vista o crescimento do número de contaminados e mortos pela pandemia em Maringá.

Do outro lado, a gestão municipal contou com a presença dos secretários municipais de Governo, Hércules Kotsifas, de Educação, Tânia Periotto, de Gestão de Pessoas, Clóvis Augusto e do procurador-geral, Douglas Galvão. De maneira virtual, o prefeito Ulisses Maia também acompanhou o encontro após vários pedidos do sindicato. Com a apresentação de explicações sobre a impossibilidade da suspensão dos serviços não essenciais, a Prefeitura concordou com a reivindicação do SISMMAR em adotar medidas restritivas e decidiu-se, em conjunto, pela adoção do sistema de escalonamento. 

A ação foi defendida pelo sindicato após o recebimento de diversas denúncias nas últimas semanas, sobretudo de servidores da Educação, da identificação de aglomerações em variados locais de trabalho. Para secretarias em que não há a necessidade do efetivo completo diariamente, os trabalhadores vão fazer um revezamento do exercício presencial, reduzindo em pelo menos 50% o fluxo de movimentação em diversos postos do funcionalismo público municipal. Até o momento, foi confirmado o início do escalonamento para a próxima segunda-feira (1º) para a Seduc, enquanto outras pastas serão avaliadas.

Governo municipal concordou com a necessidade de adoção de medidas restritivas em locais de trabalho durante avanço da pandemia – Foto: Phill Natal

Atuação Sindical

Além da vitória conquistada ao se escalonar as jornadas de trabalho, o sindicato também conseguiu a volta da comissão da educação para debater sobre o retorno às aulas. Desde o começo do mês, a comissão estava desativada e os protocolos de segurança ainda não tinham sido finalizados. Diante de cobranças diretas ao prefeito e à secretária da pasta, a iniciativa voltará ao funcionamento e todos os documentos oficiais da Seduc sobre a volta às salas serão repassados para a direção sindical tomar conhecimento do que foi feito e discutido pela secretaria de Educação nos últimos dias.

Por fim, houve novo pedido do sindicato sobre a vacinação para os servidores. Diante da baixa quantidade de imunizantes disponíveis, alguns grupos poderão ter prioridade para o recebimento. Dentre eles, estão destacados os coveiros do Cemitério Municipal, motoristas de ambulância da linha branca, seguranças e outros setores que atuam diretamente ligados aos maiores riscos de contaminação pela covid-19. Assim como desde o começo da pandemia, a gestão Sindicato é pra Lutar defende prioritariamente o direito à vida e atua de maneira intransigente na defesa pelos direitos dos trabalhadores.

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