Sobre o SISMMAR
Histórico do SISMMAR
Antes da constituição de 1988, os servidores públicos não tinham direito à sindicalização. Haviam associações que cumpriam, à revelia da lei, o papel de sindicatos. Em Maringá, a categoria dos professores municipais já havia formado em 1987 uma associação com o objetivo de lutar pelos interesses da categoria. No ano seguinte, com a nova constituição, se tornou possível o registro legal das entidades sindicais e nasce então o Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (SISMMAR).
A assembleia de formação do sindicato no auditório da Biblioteca Municipal de Maringá durou mais de 2 horas e contou com a presença de aproximadamente 200 servidores(as), número considerável para uma entidade que acabara de nascer. Na mesma noite, o estatuto do sindicato foi lido e aprovado pelos(as) servidore (as) e também foi eleita a primeira diretoria. Nos primeiros anos de fundação, o SISMMAR se filiou a Central Única dos Trabalhadores (CUT), e se tornou referência no Paraná no ramo dos municipais, com delegados na direção estadual da organização.
Lutas históricas
A primeira greve do SISMMAR foi deflagrada durante a mobilização por melhores salários em 15 de março de 1989. Durou aproximadamente 8 dias legitimando o sindicato como representante dos(as) servidores(as) municipais com adesão de 80 a 90% dos(as) trabalhadores(as). O resultado da greve foi uma proposta de reajuste e incorporação do abono que, para os salários mais baixos, significava um ganho de 127% e para as categorias mais altas cerca de 80%. O período foi tão marcante que a data base dos(as) servidores(as) passou a ser feita em março.
Em 1989, a terceirização dos serviços públicos, direcionada contra a privatização do serviço de coleta de lixo consistiu em uma grande ameaça aos trabalhadores(as) que não se intimidaram e se mobilizaram contra este projeto. Além da coleta, a administração estava empenhada em terceirizar também as escolas municipais, esta política foi duramente atacada pelos profissionais da educação e gerou grandes mobilizações em 1991 e 1992, envolvendo a sociedade e repercutindo na campanha eleitoral para prefeito daquele ano.
Outra luta foi a Trimestralidade no início da década de 1990, quando o então prefeito Ricardo Barros, revogou a Lei que reajustava o salário dos(as) servidores(as) trimestralmente, resultando em uma perda de 36,22%. Para corrigir este dano, o sindicato entrou com ação na justiça que durou mais de 20 anos, cerca de 3.500 trabalhadores(as) foram prejudicados. A ação foi encerrada em 2014 com o voto favorável da maioria dos ministros do Superior Tribunal do Trabalho restando apenas o pagamento do valor aos servidores(as).
Já no final da década de 90 o SISMMAR viveu um novo momento, passou também a auxiliar no surgimento de novas entidades sindicais. Era comum a existência de outras 3 ou 4 organizações que dividiam o mesmo espaço, já que no início, possuíam dificuldades financeiras e não dispunham de local adequado para montarem suas próprias sedes.
A década de 2000 foi marcada pela greve de 2006 que durou 30 dias com bons debates e um enfrentamento radical com a administração municipal. Esta greve foi marcada por atitudes de repressão ao movimento sindical por parte da prefeitura, inclusive, com a presença da polícia e “capangas” nas manifestações. Em 2008, com a preocupação e o compromisso de resgatar a credibilidade da entidade sindical, que ficou comprometida com a greve de 2006, a diretoria atual disputou as eleições e venceu. A proposta de diálogo e bom senso trouxeram novamente para os(as) servidores(as) municipais a esperança de conquistas de direitos e melhores condições de vida e trabalho.
No período de 2008 a 2011, o SISMMAR adquiriu nova sede, garantindo acessibilidade às pessoas portadoras de necessidades especiais e aos idosos. De 2011 a 2013 as instalações passaram por reforma e ampliação para atender os(as) servidores(as) municipais com respeito e dignidade.
Nestes cinco anos houve inúmeras conquistas de direitos e melhorias nas condições de trabalho como a revisão do PCCR do magistério, implantação do Programa Saúde do(a) Servidor (a), reposição da inflação e ganho real, e, finalmente, o PCCR geral dos(as) servidores(as), que após 15 anos foi revisado com a garantia de ser novamente analisado a cada três anos.