A secretária Fernanda Richa vai esperar outro suicídio no Cense para tomar providências?

A pedido do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), o SISMMAR fez parte, na semana passada, de comissão que vistoriou o Centro de Socioeducação (Cense) de Maringá. A situação vista no local deixou indignados a dirigente do SISMMAR, Cibele Campos, e membros do CMDCA.

A vistoria, ocorrida dias depois da morte de uma adolescente de 15 anos na instituição, levantou várias irregularidades na conversa com internos e com servidores(as), entre as quais:

– Falta de equipe técnica mínima no Cense;
– Falta de servidores masculinos e femininos;
– Adolescentes atendidos reclamam de comida azeda;
– Chuveiros elétricos queimados;
– Pouca iluminação;
– Inexistência de psiquiatra na instituição.

Para piorar a situação, Cibele cobrou da direção do Cense um relatório com o número de internações e dados do RH, mas o coordenador da instituição se negou a fornecer os dados, alegando que estaria impedido por ordem do governo do Estado. O que há a esconder?

Exatamente no momento da vistoria, um adolescente passou mal e precisou ser reanimado com massagem cardíaca até a chegada de equipe do Samu. A situação é gravíssima e sob forte estresse, e sem acompanhamento psicológico/psiquiátrico, a ocorrência de novas mortes de adolescentes no local é questão de pouco tempo. Não fosse o preparo do servidor que estava no local, ao prestar os primeiros socorros, mais um adolescente teria morrido.

A situação é gravíssima e o SISMMAR levanta a seguinte questão: o Estado vai esperar novos suicídios para tomar providências? Cadê a secretária estadual da Criança e Juventude, Fernanda Richa, nessa hora? A menina que morreu no Cense de Maringá, recentemente, estava sob custódia do Estado, ou seja, mesmo que indiretamente, Fernanda Richa tem sua parcela de responsbalidade nessa morte. E o governador também!

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