Ato contra a privatização do Campo de Libra

Nesta segunda-feira, às 17h30, está programada uma manifestação no Terminal Urbano de Maringá. O ato é em resposta a postura do Governo Federal de privatizar uma das maiores reservas de petróleo brasileiro da camada do pré-sal, o Campo de Libra.
Mesmo com todas as denúncias de espionagem e todas as manifestações e paralisações que ocorreram até agora e, muito diferente do que defendeu em sua campanha, o governo vai entregar a Bacia de Libra, descoberta do pré sal em Santos, para os grandes capitalistas internacionais.
Para se ter uma ideia, em 60 anos de Petrobras o país acumulou aproximadamente 15 bilhões de barris de petróleo. Só no Campo de Libra a estimativa é de que existam 12 bilhões de barris de petróleo, que convertidos significam R$ 3 trilhões. O governo irá vender por R$ 15 bilhões.

Greve dos petroleiros

Às vésperas do leilão, os ânimos começaram a esquentar. Uma greve convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), contrária à licitação, paralisou na quinta-feira, dia 17, refinarias, plataformas e centro de distribuições da Petrobrás em 16 Estados
Na avaliação do diretor da FUP, Francisco José de Oliveira, os recursos prometidos pelo governo com o leilão são uma ‘gorjeta’. “O governo afirma que vai investir em educação e saúde, e que vai arrecadar R$ 15 bilhões com o leilão. Mas isso é uma gorjeta perto da riqueza que existe no campo. A sociedade não participou do debate sobre o tema”, disse.

Os movimentos sociais planejam uma enxurrada de liminares para tentar barrar judicialmente o leilão de Libra. A Associação de Engenheiros da Petrobrás (Aepet) reuniu um grupo de advogados em Brasília para abrir uma ação contra o leilão. Para a associação, o governo age na contramão de outros países, que exigem cerca de 70% do óleo produzido como retorno.

Causa-nos estranheza ainda, o fato de se utilizar do exército e de outros mecanismos para conter as manifestações populares contrárias ao processo de privatização do Campo de Libra. Até mesmo utilizando o exército para impedir a aproximação dos manifestantes. Onde está o direito democrático?
Com informações da Agência Brasil e Rodrigo Tomazini

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