Aumento nos casos de dengue revelam problemas apontados pelo SISMMAR

Diante da epidemia de dengue em nossa cidade fica claro que os antigos problemas apontados pelo SISMMAR e repassados a administração e ao Conselho Municipal de Saúde, estão se refletindo no atendimento a população. Além de problemas culturais, econômicos e ausência de políticas públicas para a coleta de recicláveis, situações que a gestão sempre usa para responsabilizar a população para os altos índices de dengue, o SISMMAR chama a atenção para o outro lado da moeda; as condições de trabalho dos servidores (as) da saúde.

Desde a assinatura do contrato do Plano Diretor de Atenção Primária à Saúde no SUS (APSUS) que ampliou as áreas de abrangência das equipes dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), os servidores (as) já se queixavam e alertavam para a possibilidade de não se atender as metas. Além disso, muitos reclamavam de disfunção, pois em alguns casos tinham que realizar o trabalho de auxiliares administrativos comprometendo as visitas as famílias. Como orientar e educar a população dos perigos da dengue assim?

Upa Zona Norte

O SISMMAR também vem denunciando e cobrando soluções para os problemas estruturais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte, que mesmo antes de sua inauguração já apresentava irregularidades como a tubulação para ar comprimido e oxigênio e a falta de espaço para internação pediátrica que está sendo feita junto com os pacientes adultos.

Ressaltamos ainda, que recentemente houveram denuncias quanto a localização dos cilindros e oxigênio que foram “improvisados” no estacionamento da unidade. Inclusive os trabalhadores (as) se sentem inseguros quanto a troca dos cilindros, o que já gerou denuncias ao Ministério Público da Saúde. Com o aumento da demanda de pacientes com suspeita de dengue os servidores (as) ficam ainda mais preocupados.

Falta de planejamento

Como se não bastassem essas situações alarmantes, os servidores (as) do NIS Pinheiros, Parigot e Requião questionam porque a unidade do Pinheiros está aberta até as 22h se no Requião a situação é ainda mais grave.

Diante de tudo isso, o SISMMAR reforça que continuará atento a estes problemas e ainda mais agora, momento quem novos (as) trabalhadores (as) serão contratados de forma emergencial, situação prevista para os casos em que se confirma a epidemia de dengue.