Sindicatos preparam greve geral no Paraná

Os sindicatos das categorias de servidores públicos no Paraná preparam uma greve geral para os próximos dias. A motivação está no calote do Governo Beto Richa que não paga verbas trabalhistas e ataca a base de trabalhadores e trabalhadoras enviando projetos de lei para Assembleia Legislativa com a retirada de direitos históricos.

“Nunca se viu no Paraná, nem mesmo durante o governo Jaime Lerner, uma gestão tão desastrada, incompetente e maldosa. Não há outra saída que não a unidade da classe trabalhadora, a unidade dos servidores públicos para garantir não apenas os direitos destes trabalhadores e trabalhadoras, mas também, a manutenção da prestação de serviços públicos de qualidade”, afirma a presidenta da CUT Paraná, Regina Cruz.

Os sindicatos se organizam por meio do Fórum das Entidades Sindicais do Paraná e com suas próprias bases. Nos próximos dias uma série de assembleias estão marcadas para definir o posicionamento de cada categoria na crise de gestão que atinge o Estado.

Crise – Após prometer um choque de gestão e melhorar os serviços públicos, a gestão do governador Beto Richa está pouco a pouco precarizando a relação de trabalho e também o atendimento à população. Escolas e outros espaços públicos sucateados são alguns dos exemplos verificados no dia-a-dia.

Como se não bastasse, Richa ainda atrasa salários, não paga verbas trabalhistas e ainda tenta com projetos de lei retirar direitos históricos dos trabalhadores. “A maior surpresa deve-se ao fato do Paraná ter sido o Estado que mais ampliou a arrecadação com impostos de todas as unidades da federação. Portanto, não há como justificar com crise financeira ou algo que valha. O nome para isso é só um: incompetência”, sentencia Regina Cruz.

Entre os ataques aos servidores públicos estaduais podem ser destacados a instituição da previdência complementar para servidores públicos que forem admitidos a partir de agora, estabelecer o teto de contribuição e de benefícios que hoje é no valor de R$ 4,6 mil e a extinção do Fundo Previdenciário. Neste caso, o valor existente da aposentadoria dos servidores seria repassado para um fundo financeiro.

Outro ponto que gera extremo desconforto é a liberação para uso do dinheiro de diversos fundos, inclusive do novo a ser criado, para pagamento de despesas corriqueiras do Estado.
Confira a orientação de alguns dos sindicatos:

APP-Sindicato: Neste sábado (7) realizará uma assembleia em Guarapuava, no interior do Estado. A orientação da direção do sindicato é a para a construção da greve geral.

Sindisaúde: O Sindicato realizará, também Guarapuava neste sábado, uma assembleia para deliberar sobre indicativo de greve.

Sinteoeste: O Sindicato dos servidores dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Superior do Oeste do Paraná é outro que prepara uma grande mobilização. Em seu site o sindicato anuncia o indicativo de greve para o dia 19 de fevereiro e uma manifestação na próxima terça-feira (10) na Assembleia Legislativa.

Sindarspen: Os agentes penitenciários terão uma assembleia na manhã terça-feira (10) em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba. A indicação é para greve geral.

Sindijus-PR: Os servidores do judiciário estadual participarão das mobilizações dos demais servidores públicos e também avaliam a possibilidade de entrar em greve. Uma reunião no dia domingo (8), após a posse da nova direção, deverá definir esta situação.

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