1º dia da greve: Passeata no Centro reúne mais de 3 mil servidores(as)
Tida como última alternativa da categoria para buscar a justa reposição da inflação (de 11,08%), a greve dos servidores(as) municipais começou nesta segunda-feira com massiva adesão e uma participação maior do que o início das greves anteriores. Mais de 3 mil trabalhadores, que buscam apenas a recomposição do poder aquisitivo perdido nos últimos 12 meses, entenderam que a luta é justa e lotaram a praça do Paço Municipal em concentração organizada pelo SISMMAR.
A grande adesão neste primeiro momento, e a passeata dos mais de 3 mil servidores(as) pelas ruas do Centro de Maringá, é o recado que a categoria dá ao prefeito de que a cidade do superávit de R$ 128 milhões tem de ser justa com seus servidores(as), e que deve seguir o exemplo de inúmeros outros prefeitos paranaenses, que deram a reposição da inflação (em alguns casos, concedendo até mesmo ganho real: confira aqui). Não dava para aceitar os 5,54%. O SISMMAR buscou um reajuste melhor até o último momento, antes da assembleia desta segunda-feira, mas Pupin quis a greve ao manter sua indigna proposta.
Hoje, vários serviços públicos estão sendo prestados parcialmente, e muitos começarão a ser interrompidos com o número crescente de servidores(as) que estão aderindo à paralisação. Por isso – e esse é um entendimento inclusive da assembleia que deliberou pela greve –, a culpa pela paralisação dos serviços públicos é do prefeito Pupin, que não sensibilizou com o fato que a falta da reposição da inflação traria grandes dificuldades às famílias da maioria dos servidores públicos, que ganham baixos salários.
“Os trabalhadores não gostariam de estar em greve, preferiam estar trabalhando. Mas se estamos aqui, a culpa é do prefeito, que ofereceu apenas a metade da inflação (de 5,54%)”, disse a presidenta do SISMMAR, Iraídes Baptistoni, que recomenda ao servidores que se sentirem pressionados ou coagidos pelas chefias que denunciem esses abusos diretamente à diretoria do SISMMAR ou pelo telefone 3269-1782. Na assembleia, o jurídico do SISMMAR informou que as chefias podem ser denunciadas ao Ministério Público pelos abusos, já que a greve é legal.
Abaixo, fotos da passeata:
NÃO DEIXE DE LER
- Panfletos do Jurídico do SISMMAR trazem esclarecimentos sobre o direito à greve
- Assembleia da categoria rejeitou os 5,54% de Pupin e aprovou o início da greve
- Vários prefeitos paranaenses já concederam a reposição da inflação aos servidores
- Reflexão do primeiro dia da greve dos servidores municipais de Maringá
Negociações
Pela manhã, representantes do SISMMAR e o advogado do sindicato tiveram uma rápida reunião com o chefe de Gabinete, Luiz Carlos Manzato, que sinalizou para uma retomada das negociações por parte do prefeito Pupin. “O chefe de gabinete sinalizou no sentido de conversar com o prefeito para que as negociações sejam reabertas”, comentou o advogado do SISMMAR, Marino Gonçalves. “E estamos esperançosos de que o prefeito possa melhorar sua proposta, chegando à reposição da inflação”, acrescentou.