Despesa com pessoal em 49,81% é má notícia para servidores(as)
O SISMMAR esteve na Câmara Municipal, na tarde de segunda (28), para acompanhar a audiência pública de prestação de contas da Prefeitura de Maringá no 1º Quadrimestre de 2018. Os dados foram apresentados pelo secretário de Fazenda, Orlando Chiqueto.
De acordo com a administração, a arrecadação nos primeiros quatro meses do ano chegou a R$ 654,5 milhões, o que corresponde a 39,4% da previsão de receita para 2018. Segundo Chiqueto, “o montante da receita corrente aumentou em R$ 39 milhões a mais que o valor atingido no mesmo período do ano passado.”
Apesar do percentual arrecadado e do superavit primário de R$ 138,4 milhões – acima da meta estabelecida e fixada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que é de R$ 65,7 milhões –, a informação de maior relevância para os servidores(as) municipais não foi positiva: o gasto com pessoal está elevado.
Segundo o balancete, a despesa total com pessoal está em 49,81%, perto do limite prudencial de 51,3% e acima do limite de alerta de 48,6%. Isso significa que, sem a redução do gasto com a folha, a administração tem pouca margem para novas contratações e para concessão de melhorias nos salários dos servidores.
Por conta desses números, dirigentes do SISMMAR questionaram o secretário sobre o pagamento da primeira parcela do 13º salário em julho, o que é uma tradição na Prefeitura de Maringá. Chiqueto disse que o pagamento está confirmado por determinação do prefeito Ulisses Maia (PDT).
Outros assuntos de interesse do SISMMAR foram questionados pelos vereadores, entre eles o concurso público e a redução do índice da folha de pagamento. Neste caso, Chiqueto disse que estão sendo tomadas medidas para baixar os gastos com a folha, o que envolve a otimização dos trabalhos e a redução de horas extras. Na Semob, por exemplo, houve redução de 30% nas horas extras.
Sobre o concurso público, Chiqueto esclareceu aos presentes que a prefeitura fará as contratações, inclusive na Educação, dentro dos prazos previstos no concurso. Isso será possível, segundo ele, com a redução do índice da folha de pagamento.