Polêmico projeto das câmeras em sala volta à pauta da Câmara
O SISMMAR informa os servidores(as) que o polêmico projeto de lei que prevê a instalação de câmeras de vídeo nas salas de aula voltou a ser discutido pela Câmara Municipal. O projeto consta como item 7º na pauta da sessão ordinária desta quinta-feira (11).
- A sessão é transmitida ao vivo (veja aqui)
- Audiência pública discutiu as câmeras, relembre!
Devido à importância do assunto, e considerando as consequências negativas de um projeto que fere a liberdade de cátedra (garantida pela Constituição), o sindicato convoca os servidores que puderem para acompanhar a votação, em primeira discussão, in loco. Dirigentes do SISMMAR já estão no plenário (foto abaixo).
“Como será em horário de trabalho e os servidores não podem acompanhar, faremos uma assembleia, à noite, para tirar estratégias de luta”, explica Iraídes Baptistoni, presidenta do SISMMAR. “A administração já comprou vagas nas creches, e não vamos permitir mais esta arbitrariedade nas escolas e CMEIs do município”, acrescenta Iraídes.
A assembleia será realizada às 19 horas desta quinta (11), no auditório do SISMMAR.
Sessão
Infelizmente, o projeto foi aprovado em primeiro turno, com votos contrários apenas de Carlos Mariucci e Professora Vilma (ambos do PT). Onivaldo Barris (PHS) se manifestou a favor do projeto, mas questionou a necessidade as câmeras dentro das salas de aula. Para a segunda discussão, ele não descarta a possibilidade de apresentar uma emenda.
Professora Vilma disse que o projeto coloca em descrédito o profissional da educação. Ela lembrou que os CMEIs e escolas municipais atendem 32 mil crianças e que não há nenhuma denúncia comprovada contra professores e educadores. A vereadora cobrou ainda, no uso da tribuna, informações da Secretaria de Educação sobre quanto o município investe atualmente na formação continuada dos servidores da Educação.
Sobre o projeto que tem o vereador Altamir dos Santos (PSD) como primeiro signatário, Mariucci questionou a legalidade. Segundo o petista, pelo fato de propor despesas ao município, o projeto deveria ter partido do Executivo e não de um parlamentar. Mariucci ainda relembrou questionamentos feitos pelo Observatório Social de Maringá (OSM) e que não foram esclarecidos antes da votação, entre eles estudos prévios sobre a instalação dos equipamentos e número total de câmeras a serem adquiridas.