Operacionais de escolas e creches apresentam demandas em assembleia do SISMMAR

A presidenta Iraídes Baptistoni ouve as demandas dos servidores

Insalubridade, o desconforto ocasionado pelo tipo de botas e a obrigatoriedade do uso de um jaleco demasiadamente quente para certas estações do ano foram alguns dos assuntos debatidos na Assembleia dos Auxiliares Ocupacionais das escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maringá, realizada na manhã de sábado (8), no auditório do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (SISMMAR). Também foi falado sobre a necessidade de se definir as atribuições dos auxiliares operacionais, especialmente no que se refere ao Recreio Dirigido.

A assembleia foi convocada para que os servidores da categoria apresentassem suas demandas a fim de que o sindicato possa leva-las à administração municipal.

A necessidade de se definir as atribuições foi levantada por profissionais que dizem estarem sendo chamados para certas tarefas, mas não sabem se elas estão ou não entre suas funções e se as estão fazendo de forma correta. É o caso do que acontece em algumas escolas que optam por transformar o recreio em ocasião pedagógica, sendo aproveitado também como situação de ensino.

Existe um acordo entre os auxiliares operacionais e a administração Ulisses Maia para que ajudem a cuidar das crianças durante os 15 minutos do intervalo e, em compensação, ganham uma semana de descanso no recesso escolar. A dúvida, porém, é se o que fazem é cuidar das crianças no recreio ou se estão exercendo atividades pedagógicas, o que exigiria pelo menos a supervisão da equipe pedagógica do estabelecimento.

A presidenta do SISMMAR, Iraides Baptistoni, disse que vai solicitar à Secretaria Municipal de Educação o acompanhamento, pelas equipes pedagógicas de cada escola, das atividades exercidas pelos auxiliares operacionais durante o Recreio Dirigido para que a escola continue oferecendo jogos e brincadeiras para seus alunos, tais como jogos de tabuleiro, de futebol de botão, amarelinha, corda e cantigas de roda.

 

Botas e jalecos desconfortáveis

Os servidores fizeram apontamentos sobre as botas que lhe são fornecidas pela prefeitura, que seriam muito desconfortáveis nas atividades do dia a dia. O jaleco, considerado muito quente em determinados períodos do ano, também foi criticado. Eles disseram preferir que a prefeitura forneça camisetas, que são mais versáteis e confortáveis.

Estas solicitações serão objeto de ofício que o sindicato está preparando para a administração municipal e, dependendo do entendimento do  setor de Saúde Ocupacional da Prefeitura, poderá ocorrer mudanças no uso dos equipamentos.

 

Insalubridade

A questão da insalubridade na atividade do auxiliar operacional foi o principal tema da assembleia. Segundo os servidores, no dia a dia eles realizam ações operativas de auxiliar, varrer, cuidar de jardins, lavar,  manuseiam lixo e realizam limpeza de banheiros em ambientes com grande fluxo de pessoas. Alguns destes ambientes são totalmente insalubres.

As representantes do SISMMAR, a presidenta Iraides Baptistoni, e a secretária Célia Mara Paes, informaram que técnicos em segurança do trabalho vão analisar os ambientes de trabalho dos operacionais para um estudo mais aprofundado sobre a insalubridade nestes ambientes e quais os riscos a que os operacionais estão expostos. A partir deste estudo, o sindicato terá como abrir negociação com a administração municipal.

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