Abrigo de Adolescentes tem avanços, mas ainda faltam funcionários

O Abrigo Municipal de Adolescentes chega ao fim de 2018 com avanços, conquistados pela categoria por meio da entidade sindical. O destaque foi a conquista de 30 horas semanais com duas folgas no mês para educadores do dia. Antes, a jornada de 30 horas era acrescida de 12 horas todo fim de semana.

Esse avanço foi obtido em reunião com o prefeito Ulisses Maia (PDT), que atendeu os servidores do abrigo em 13 de novembro. A reunião ocorreu um dia após assembleia, realizada pelo SISMMAR, na qual a categoria deliberou por estado de greve para conseguir negociar melhores condições de trabalho.

Apesar dos avanços, a luta por melhorias prosseguirá em 2019, porque ainda há muito a ser feito. Segundo os servidores do abrigo, faltariam no mínimo seis educadores no local para viabilizar a implantação de projeto-piloto com escala de 12×60 (a mesma que já está sendo experimentada na jornada de 30h das UPAs).

Em reunião com a dirigente do SISMMAR Célia Vilela (foto acima), nesta segunda (17), os servidores acrescentaram ainda outras queixas e reivindicações. Entre elas está o fato de que, apesar da falta de profissionais, o Abrigo de Adolescentes tem emprestado educadores para o Abrigo Infantil. Outra queixa é que o local precisa de uma van exclusiva, pois a que existe normalmente é utilizada pelo abrigo das crianças – e o carro que resta não é apropriado para o transporte dos adolescentes.

Quanto à demanda por mais funcionários, por exemplo, ela incluiria a contratação de um segundo motorista. Isso porque o único profissional nessa função tem sobrecarga de trabalho, tendo de fazer hora extra todo dia. Essa falta de profissionais, aliás, tem gerado também passivos trabalhistas, já que os servidores do Abrigo de Adolescentes (segundo eles mesmos) não podem gozar de direitos como férias, licença-prêmio ou mesmo pedir aposentadoria.

De acordo com Célia Vilela, o SISMMAR levará essas reivindicações à administração, acompanhando de perto a questão. “A causa é mais do que justa!”, diz a dirigente.

 

 

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