Assembleia discute previdência e aprova manifestação no dia 8

Servidores(as) participarão do ato no Dia Internacional da Mulher contra a reforma de Bolsonaro. SISMMAR negociará reposição com a administração

Participação dos servidores municipais no ato do dia 8, contra a Reforma da Previdência, foi aprovada em assembleia – Foto: Valter Baptistoni

A assembleia geral de quarta (27) era da Campanha Salarial 2019, mas os servidores aproveitaram o momento para discutir sobre a aposentadoria dos trabalhadores(as). Por esse motivo, o assunto acabou entrando na pauta.

Presidenta do SISMMAR, Iraídes Baptistoni lembrou que trabalhadores de várias categorias farão uma manifestação contra a Reforma da Previdência na sexta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher. Anteriormente, o sindicato já havia convidado a categoria para aderir à luta.

A assembleia aprovou a participação dos servidores no ato do dia 8, no período da manhã, com concentração às 9h em frente ao prédio do INSS (Avenida XV de Novembro). Caberá ao SISMMAR buscar junto à administração, como pauta anexa à Campanha Salarial, a negociação da falta dos trabalhadores que comparecerem à manifestação.

Nós vamos aparecer lá [na rua] no dia 8 para mostrar nossa indignação. Para dizer que não aceitamos que mexam na nossa aposentadoria e para mostrar [ao prefeito Ulisses Maia] que queremos valorização. Agora é ganho real.

Haylley Cardoso, dirigente do SISMMAR
Haylley Cardoso, na assembleia de 27 de fevereiro

A reforma pretendida pelo governo Bolsonaro – e extremamente prejudicial à classe trabalhadora – acabou motivando o debate sobre a previdência no âmbito municipal. Uma servidora questionou sobre os riscos de os servidores terem prejuízos com a unificação das massas, pedindo explicações.

A diretoria do SISMMAR esclareceu que o projeto é do Executivo e que o assunto está sendo analisado pela Maringá Previdência, que em seus conselhos Administrativo e Fiscal membros eleitos pelos servidores municipais.

Dirigentes sindicais acrescentaram que uma assembleia será convocada para tratar do assunto assim que o SISMMAR receber informações oficiais sobre o projeto.

Unificação das massas

De acordo com a administração, a unificação das massas tem por objetivo reduzir o índice da folha de pagamento, criando margem para o pagamento de progressões atrasadas e para a revisão do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR), por exemplo.

A estimativa do governo é de que a medida reduza entre 3% e 4% o índice da folha, sem prejuízos para as aposentadorias dos servidores.

“O SISMMAR continuará em alerta quanto a essa questão”, diz o dirigente Eduardo Siqueira.

As massas a serem unificadas são o Fundo Financeiro e o Fundo Previdenciário. Este, para admitidos após 2003, não tem paridade e é superavitário. Já o Fundo Financeiro (admitidos até 2003), com paridade salarial dos inativos, é deficitário e requer aportes milionários e crescentes da Prefeitura.

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