Entenda o quanto a classe trabalhadora perde com a Reforma da Previdência

Servidores públicos, mulheres e professores estão entre os mais atingidos pela proposta do governo Bolsonaro. Hotsite Reaja Agora dá dimensão do tamanho das perdas

A discreta participação dos trabalhadores(as) no Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, em 22 de março, é sinal de que a população ainda não se deu conta do tamanho das perdas envolvidas na Reforma da Previdência que é pretendida pelo governo Bolsonaro. É preciso reagir, antes que seja tarde.

Para esclarecer o quanto a proposta que tramita no Congresso Nacional é nociva para a classe trabalhadora – em especial para mulheres, servidores públicos, professores e trabalhadores rurais –, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem divulgado um hotsite com pormenores dessa reforma.

O hotsite Reajaagora.org.br abre com uma grande verdade: “Querem Roubar Sua Aposentadoria!” Quem tiver tempo para pesquisar perceberá, por A mais B, que a reforma vai inviabilizar a aposentadoria da maioria dos trabalhadores.

Um dos destaques do hotsite é o “Aposentômetro“. Digitando dados pessoais, entre eles o tempo de contribuição, o trabalhador descobre quanto falta para se aposentar na regra atual e, num verdadeiro choque de realidade, como ficará sua aposentadoria se a nova regra for aprovada.

No item “Na Pressão” o trabalhador obtém informações sobre como pressionar os deputados contra a aprovação dessa reforma. Também no menu principal, há ainda um “Minuto a Minuto” com manifestações realizadas pelo Brasil.

Acorda, trabalhador(a)!

No quadro “Entenda como essa reforma afeta sua vida”, o hotsite traz detalhes sobre o tamanho do prejuízo da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019 por categorias. Veja algumas delas abaixo:

Péssimo para servidores(as) públicos

A reforma pretendida pelo governo Bolsonaro atinge fortemente os servidores públicos de todas as esferas, sejam municipais, estaduais ou federais. Se aprovada no Congresso, a PEC 06/2019 vai ignorar completamente as diferentes realidades dentro do serviço público e as alterações que já foram realizadas nas aposentadorias dos servidores em 2003.

Pelas regras atuais, os homens se aposentam com 60 anos com, no mínimo, 35 anos de contribuição. As mulheres com 55 anos e 30 de contribuição. O teto é igual o do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), R$ 5.839,46, em 2019.

A proposta de Bolsonaro quer estabelecer a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para as mulheres e tempo mínimo de contribuição de 25 anos, cinco anos a mais do que os trabalhadores da iniciativa privada. Isso para que os servidores tenham acesso a 60% do salário benefício de aposentadoria.

Para receber o valor integral, os servidores terão de contribuir por pelo menos 40 anos. As regras valem para servidores federais, estaduais e municipais.

No caso dos servidores estaduais e municipais, como professores, serventes escolares, profissionais da saúde, da assistência social, do meio ambiente e da infraestrutura, Bolsonaro quer propor a obrigatoriedade de Estados e municípios que registrarem deficit nos regimes de Previdência elevarem as alíquotas de contribuição dos servidores. Esse aumento será de 14% até 19% em um período de até 180 dias.

Juntos somos fortes!

Fica claro que a reforma é duríssima com os servidores públicos. Então, não dá mais para ficar parado. Todos(as) têm de se unir às manifestações convocadas pelas centrais sindicais e à greve geral, que ocorrerá caso Bolsonaro não recue nessa proposta maléfica.

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