Assembleia aprova reajuste de 4,3%, mas categoria segue em luta
Categoria segue vigilante para que as pautas específicas e a revisão do PCCR Geral e do Magistério sejam implementadas
Foi com muita indignação que a maioria dos servidores(as) presentes na assembleia desta sexta-feira (13), no auditório Luzamor, decidiram aceitar os 4,3% de reajuste salarial e os 10% de aumento no vale-alimentação propostos prefeitura de Maringá.
A administração havia proposto anteriormente, como reajuste salarial aos servidores(as), apenas o valor do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até fevereiro. A taxa acumulada nesse período foi publicada na quarta-feira (11) e ficou em 3,92%. Mas, durante a mesa de negociação, foi possível elevar esse valor para os 4,3% da proposta final.
Além desta, a proposta da prefeitura para o vale-alimentação foi apenas a concessão de 10% de aumento no valor atual, mantendo a contrapartida de 18,5%. A comissão de servidores(as) e integrantes da direção do sindicato foram incisivos na necessidade de elevar esse valor, principalmente aos que ganham menos na categoria. Contudo, mesmo com todo superavit anunciado, a prefeitura optou por não conceder uma porcentagem maior ou reduzir a contrapartida paga pelos servidores(as).
Para os outros 3 itens da pauta geral, rejeitados anterior em assembleia, foi aberto o canal de negociação para avançar na criação de dispositivos que viabilizem a sua implantação.
Deliberação
Depois da leitura da proposta da administração pelo dirigente Gehélison Gomes, muitos servidores(as) se inscreveram para falar e defenderam, com indignação, que a proposta fosse aceita. Para eles, o prefeito podia melhorar a proposta, mas a conjuntura atual não favorece a realização de ações para pressionar a prefeitura a melhorar esta proposta. Os principais motivos elencados foram a proximidade com a data limite de negociação (03/04) e os casos relacionados à disseminação e contaminação pelo novo coronavírus.
Vou votar triste, mas vou votar favorável. Ele podia melhorar a proposta, pois são 4 anos sem reajuste. Não é fácil trabalhar e no final do mês ver nosso salário achatando. Vai achatar ainda mais se aumentar para 14% a alíquota previdenciária”
Servidora na assembleia
Após as falas, a maioria dos servidores(as) presentes deliberaram por aceitar a proposta da prefeitura. Isso não significa o fim da Campanha Salarial 2020, pois a luta continua para que as pautas específicas, elencadas nas assembleias da campanha salarial, sejam implementadas. Além destas, é necessário a constante vigilância para a implantação da revisão do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) Geral e do Magistério.