SISMMAR manifesta apoio aos motoristas atacados por empresas e Justiça
Motoristas rodoviários de Maringá lutam por renovação do ACT em meio à pandemia; com protestos distorcidos por empresários, mídia e Justiça, categoria sofrerá multa de R$ 100 mil em caso de paralisações
O SISMMAR expressa solidariedade e apoio ao Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) após decisão da Justiça atacar o direito à mobilização da categoria. Em liminar expedida na manhã desta quinta-feira (13), fica proibido, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, qualquer ato que possa paralisar o transporte coletivo da Cidade. A medida foi aplicada pela juíza Lecir Scalassara Alencar, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Ao longo dos últimos meses, o Sinttromar atua juntamente da base para renovar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e evitar perdas de direitos da categoria durante a pandemia. Ainda com a campanha salarial 2020 aberta, os trabalhadores lutam para que as empresas privadas de ônibus de Maringá, TCCC e Cidade Verde, garantam a data-base e se comprometam em não jogar a conta da crise no bolso de centenas de motoristas.
Em assembleia realizada no dia 22 de junho, a categoria organizada aprovou a renovação do atual ACT, com todos os atuais direitos legalmente adquiridos, garantia do pagamento da Participação dos Lucros e/ou Resultados (PLR) e melhorias para a segurança e a saúde dos trabalhadores. Sem qualquer garantia de respeito à decisão por parte das empresas de ônibus maringaenses, atos foram realizados nas últimas semanas.
Após uma mobilização que retardou a saída de alguns ônibus por aproximadamente dois minutos, com o objetivo de chamar a atenção para o descaso com os trabalhadores, TCCC e Cidade Verde entraram com uma ação na Justiça para que estas iniciativas fossem proibidas. Após distorções propositais sobre a natureza do protesto, difundidas inclusive pela mídia, o pedido dos empresários foi prontamente atendido pela magistrada.
O SISMMAR se solidariza com o Sinttromar e com todos os motoristas rodoviários, que além de sofrerem os danos da pandemia de covid-19 e terem os direitos ameaçados mesmo expostos ao vírus, ficam proibidos de manifestar o descontentamento nas ruas.