SISMMAR realiza cobranças em prol de motoristas de ambulância
Sindicato foi solicitado pelos servidores em razão da existência de disfunção, ausência do pagamento de insalubridade e problemas estruturais na Unidade de Transporte
A direção do SISMMAR se reuniu por duas vezes nesta terça-feira (26) para tratar sobre diversas reivindicações dos motoristas de ambulâncias do município. Os profissionais da chamada “ambulância linha branca” estão em constante contato com o sindicato em razão de denúncias por disfunção durante ocorrência. Além do deslocamento até os locais indicados por médicos reguladores do Samu, há a necessidade da realização de funções que os servidores não deveriam cumprir, até mesmo com pacientes em casos graves e urgentes, com covid-19 ou em trabalho de parto.
Juntamente do problema de executar tarefas que devem ser feitas apenas por profissionais da saúde, o exercício durante a pandemia, com o carregamento de pessoas positivadas pelo coronavírus, os servidores e o sindicato cobram o pagamento da insalubridade enquanto não ocorre a solução dos casos de disfunção. Cobranças do SISMMAR geraram participações de secretários municipais e promessas de resolução, de maneira progressiva, de cada uma das demandas apontadas.
Disfunção e Insalubridade
Em virtude dos inúmeros casos relatados de disfunção por parte dos motoristas, que acabam por executar as ações em respeito à vida dos pacientes, o sindicato havia solicitado um laudo independente por parte de um engenheiro do trabalho. Após visitar a Unidade de Transporte, andar com os servidores nas ambulâncias e verificar outras questões das condições de trabalho, a perícia constatou que os riscos à saúde, por contato direto com contaminados por doenças infectocontagiosas, sangue e outras secreções, justificam o pagamento da insalubridade em grau máximo, com adicional de 40% nos salários.
Por parte da Saúde Ocupacional e a perícia feita pelos técnicos da Prefeitura, o entendimento é diferente, fato que gerou debates durante o encontro da manhã de ontem. Com presença do diretor da Saúde Ocupacional, César França, e do secretário de Gestão de Pessoas, Clóvis Augusto, as autoridades municipais garantiram que farão novos levantamentos informativos. Além de medidas para evitar as disfunções, sendo esta a prioridade, será analisado o pagamento da insalubridade para motoristas em outros locais do Brasil, a fim de verificar a viabilidade da aplicação em Maringá. Representantes da categoria vão acompanhar, junto do sindicato, todos os procedimentos.
Estrutura
Na noite de ontem, além de Clóvis, o secretário de Trabalho e Renda, Francisco Favoto, também acompanhou a reunião do sindicato com diversos motoristas da linha branca. Após repassar as informações do encontro pela manhã e dos encaminhamentos que vão ser tomados sobre os direitos trabalhistas, a questão estrutural da Unidade de Transporte foi avaliada pelos secretários. Houve a promessa de mudança da atual unidade, com estrutura precária e ausência de espaço adequado para o armazenamento de cilindros de oxigênio, para um novo local. Ao mesmo tempo, depois de vistoria dos veículos utilizados, com vários sem condições de uso, Clóvis afirmou que tomará as medidas cabíveis, junto a outras pastas, para resolver os problemas das ambulâncias.
Sindicato
Por fim, outras demandas repassadas pelos trabalhadores foram cobradas pela direção sindical, como a disponibilização das vacinas para a categoria, que além do contato diário com suspeitos ou confirmados com a covid-19, também são considerados linha de frente no combate à pandemia. Os secretários asseguraram que vão entrar em contato com a Secretaria de Saúde para tentar esta inclusão. A gestão Sindicato é pra Lutar disponibiliza todas as informações à Prefeitura como forma de dar andamento às negociações sobre as demandas apresentadas pelos trabalhadores.